A Unimed esclareceu ser falsa a mensagem que tem circulado em redes sociais e assinada pelo grupo. O texto viral traz supostas informações sobre a variante delta do coronavírus e os sintomas causados pelo vírus. “A Unimed do Brasil esclarece que as cooperativas e empresas do Sistema Unimed não são responsáveis pelo conteúdo e repudia o uso indevido da marca para propagar informações não verificadas que podem impactar a saúde das pessoas”, diz nota encaminhada à Tribuna pela Unimed Juiz de Fora, que tem trabalhado a nível nacional para desmentir a informação, conforme explicou a assessoria de imprensa do grupo. Já outra mensagem, intitulada “Alerta Informação Falsa”, foi de fato enviada pelo grupo aos seus clientes. O intuito é alertar e desmentir o texto viral.
A empresa informou ainda que somente se pronuncia por intermédio dos canais oficiais de comunicação, promovendo o acesso a informações seguras e confiáveis e que, neste momento, divulgou em suas rede sociais o “Movimento Livre de Mentiras”, uma campanha de alerta e combate às fake news.
A empresa cita que, como parte de seu compromisso social no enfretamento da pandemia de Covid-19, buscou a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) para trazer informações confiáveis e de utilidade pública, que desmentem boa parte do teor da referida mensagem. De acordo com o infectologista Alexandre Naime, consultor da SBI, ouvido pelo grupo, a variante delta tem como principal característica a sua alta transmissibilidade. Em relação à cepa original do vírus, a variante é 97% mais transmissível, conforme estudo do King’s College London. Foi justamente esse estudo, segundo o infectologista, que levou a uma onda de desinformação nas últimas semanas, sobretudo nas redes sociais.
Estudos
“De acordo com essa pesquisa, publicada há um mês, os sintomas de quem tem a variante delta são mais tênues, com menos ocorrência de tosse e dor no corpo. Em pacientes mais jovens, os sintomas se assemelham a um resfriado, com menos perda de olfato e paladar”, explicou. O consultor da SBI destaca, ainda, que o aumento da transmissibilidade do vírus é esperado, dada a sua evolução natural, o que torna fundamental a vacinação da população o mais rápido possível, de modo a frear a transmissão viral, e a manutenção das medidas já conhecidas de prevenção – usar máscara, higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool gel e evitar aglomerações.
“Não há estudos que demonstrem que a variante delta seja mais patogênica ou mortal, ou que afete diretamente os pulmões. Isto não é verdade. Sabe-se que é mais fácil de transmitir. Embora sua ocorrência já tenha sido registrada no Brasil, também não é a variante que predomina no país – esta é a variante gama”, acrescentou Naime.