Uma carta assinada pelo arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, em conjunto com 11 escolas católicas da cidade, foi enviada à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) para solicitar o “retorno imediato das aulas presenciais ou híbridas” no município. O documento foi protocolado na última quarta-feira (18) e é endereçado à prefeita Margarida Salomão.
A carta registra a preocupação com as consequências educacionais e psicológicas da manutenção das aulas à distância para os estudantes. “O aprendizado está sendo comprometido, sem contar o fator emocional que também pesa sobre crianças e adolescentes, que, ansiosas com o demasiado tempo de tela e sem a presença de colegas da mesma faixa etária, sofrem ainda mais”.
O documento cita países que retomaram o funcionamento presencial das instituições de ensino, além da evolução da vacinação em Juiz de Fora e a melhora na situação epidemiológica do município. “O retorno das atividades escolares, é claro, deve cumprir os rigorosos protocolos sanitários emitidos pelas autoridades competentes, baseados em critérios técnicos e científicos; os quais nossas escolas estão prontas e preparadas para seguir”, argumenta o texto.
Apesar de considerar não ser uma decisão “fácil e confortável”, o documento apela para a confiança na ciência e na espiritualidade. “É preciso um ato de confiança na ciência, em Deus, na vida. É hora de voltarmos com as nossas tão salutares aulas escolares”.
A retomada das aulas presenciais vem sendo debatida ao longo dos últimos meses, em discussão que foi intensificada nesta semana. Em audiência pública na última terça-feira (17) na Câmara Municipal, a secretária de Educação, Nádia Ribas, estimou o retorno a partir de setembro, ainda que não tenha cravado nenhuma data. O assunto ainda motivou, no mesmo dia, manifestação do movimento Escolas Abertas em frente à Casa Legislativa.