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Primeira denúncia de assédio sexual foi registrada em maio, diz UFJF

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O primeiro caso de assédio sexual supostamente sofrido por funcionárias terceirizadas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foi registrado ainda em maio e apenas quase um mês depois os servidores que seriam os autores do crime foram afastados. Quem revelou essas informações foi a própria UFJF, em nota encaminhada à imprensa na noite de terça-feira (19), depois de informar apenas que a denúncia era apurada em sigilo pela entidade estudantil. O caso foi publicado pela Tribuna na terça pela manhã, dando conta de que ao menos oito mulheres denunciaram a suposta prática de uma dupla de trabalhadores do quadro efetivo da Universidade.

De acordo com a nota, a UFJF tomou conhecimento da primeira denúncia de violência contra mulheres no dia 23 de maio, por meio da Ouvidoria Especializada em Ações Afirmativas. Inicialmente, as vítimas foram orientadas para que fossem registrados boletins de ocorrência junto à Polícia Civil e para que buscassem serviços de saúde para atendimento e acompanhamento, segundo a Universidade.

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O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi instaurado duas semanas depois, por meio da Diretoria de Integridade e Controle Institucional da UFJF, firmando uma comissão com a missão de apurar a denúncia. Apenas no dia 15 de junho, 22 dias após o surgimento do primeiro relato de assédio, a Universidade afastou os servidores denunciados do local de trabalho. “Neste meio tempo, a Ouvidoria Especializada da UFJF seguiu com o acolhimento às mulheres – ao todo, oito se apresentaram oficialmente”, argumenta, em nota.

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A UFJF informou também que agendou uma reunião com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de Juiz de Fora e Região – MG (Sinteac), entidade que representa os trabalhadores terceirizados, para esta quarta-feira (20). O encontro foi pedido pelo Sinteac por meio de ofício ainda na segunda-feira (18).

A Universidade disse, também, que “lamenta profundamente a ocorrência de casos de violência contra mulheres”. A UFJF ainda reforçou “seu papel fundamental no enfrentamento às múltiplas formas de violência contra as mulheres, combatendo veementemente qualquer agressão e coibindo e punindo todas as formas de violência de gênero em nossos espaços”.

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A denúncia

À Tribuna, o Sinteac revelou, na terça, que oito funcionárias de uma empresa terceirizada que presta serviço à UFJF relataram assédios cometidos por dois trabalhadores do quadro efetivo da Universidade. O sindicato informou que orientou às denunciantes que registrassem boletim de ocorrência, além de ter oferecido apoio psicológico a uma delas, que se mostrava abalada.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) investiga o caso. Já a UFJF, naquela ocasião, informou apenas que “tomou conhecimento da denúncia por meio da ouvidoria especializada da universidade. Foi aberto um processo administrativo disciplinar que já está em andamento e corre em sigilo”.

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