De acordo com o delegado Rodrigo Rolli, a apuração foi difícil, já que partiu do zero, pois, na época, o único fato concreto era o corpo da vítima. “Com a investigação, conseguimos chegar a imagens e fotos da pessoa que acompanhava a vítima no baile funk, onde ela foi vista pela última vez. A família dela registrou o desaparecimento três dias depois. Todavia, com o trabalho de campo e os depoimentos colhidos, chegamos ao suspeito. Segundo as informações que recebemos, no dia do desaparecimento de Janaína, ele estava muito exaltado e demonstrando ciúmes. Ele reclamava da roupa dela e de seu comportamento. As testemunhas disseram que a vítima recebeu ameaças do tipo: se ela não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém”, ressaltou o delegado.
Rolli informou que a autoria foi definida em abril, quando foi solicitada a prisão temporária dele junto à Justiça. Entretanto, a prisão só foi decretada este mês. “Diante disso, fizemos um trabalho para achar o paradeiro dele, já que nem tínhamos seu endereço”, afirmou o policial, acrescentando que outras mulheres ouvidas relataram que foram ameaçadas por ele. Inclusive, receberam ameaças de enforcamento. “Ele já tem um histórico de violência contra mulheres e medidas protetivas contra ele”, pontuou.
Conforme Rolli, nesta quinta o inquérito deverá ser relatado, com a finalidade de pedir a transformação da prisão temporária em preventiva. Ele também destacou que foi colhido material genético no órgão genital da vítima para comprovar se houve crime de estupro. “Esse exame é realizado em Belo Horizonte e é demorado, porque requer perícia química”, explicou o delegado, acrescendo que esse laudo será posteriormente anexado ao processo.