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Escolas de JF têm policiamento reforçado e ações para promoção da paz

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(Foto: Wendell Guiducci)

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Nesta quinta-feira (20), as escolas estaduais, municipais e particulares de Juiz de Fora iniciaram o turno da manhã com policiamento reforçado nas proximidades e ações internas para promoção da paz. As iniciativas visam trazer mais segurança para os alunos, já que, nas redes sociais, nas últimas semanas, a data estava sendo marcada por ameaças de supostos ataques. Ao longo do dia, viaturas circularam pelas áreas escolares, tendo também policiais militares na porta de algumas instituições. Alguns colégios também resolveram usar a data para fazer eventos culturais que reforçassem a educação, a arte e a empatia como forma de resistência às ameaças. Até o momento, nenhuma escola registrou ocorrências.

Na porta do Conservatório Estadual De Música Haidée França Americano, a sargento Viviane Esteves ficou responsável pela averiguação do local. Ela explicou que os serviços administrativos da Polícia Militar foram remanejados para que o policiamento fosse intensificado, e que as viaturas vão circular próximo às escolas de Juiz de Fora ao longo de todo o dia, das 6h às 18h. “A Polícia Militar está incrementando o policiamento, lançando a Operação Proteção Escolar. É possível ver mais policiais na rua, a pé ou em viaturas, estando presente nas entradas e saídas das escolas, e durante todo o dia eletivo”, afirma. Além disso, ela acrescenta que, para dar conta da demanda, os cursos de treinamento foram pausados para que fosse possível incrementar todo o efetivo nas ruas da cidade.

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A recomendação da PM é “não estimular a desinformação”, principalmente através da divulgação de mensagens, vídeos e fotos que possam causar pânico desnecessário. O objetivo, para ela, é fazer com que as crianças “venham e retornem com segurança”. A sargento acrescenta, ainda, que muitos pais a procuraram na entrada da escola, e que se sentiram mais protegidos com a medida.

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Mesmo com a recomendação da Secretaria de Educação para os alunos comparecerem às escolas e as atividades escolares funcionarem normalmente, alguns colégios de Juiz de Fora tiveram as aulas interrompidas. Foi o caso do João XXIII e Delfim Moreira, por exemplo, que de acordo com a PM estavam fechados durante o policiamento.

 

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“Dia do acolhimento pela paz” na rede estadual

 

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) organizou, durante a data, o “Dia do Acolhimento pela Paz”, que funcionou juntamente às aulas nas escolas da rede pública em Juiz de Fora. O objetivo foi sensibilizar e envolver toda a comunidade escolar para o fortalecimento da cultura da paz e prevenção à violência em escolas. Nessa perspectiva, a Secretaria comunicou que enviou cartilha com orientações para mobilizar os estudantes e sugerir atividades para trabalhar as habilidades socioemocionais dos estudantes, trazendo temas relacionados a empatia, responsabilidade, diálogo e cooperação.

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Foram realizadas dinâmicas pautadas na “escuta ativa” para a reflexão e o suporte à comunidade sobre os recentes episódios de violência em escolas brasileiras, mantendo o foco na aprendizagem e reforçando o acolhimento. Outra iniciativa da secretaria é a promoção de uma live sobre segurança nas escolas, às 15h30, no canal da SEE-MG no Youtube. A conversa inclui a participação do Programa de Convivência Democrática, dos Núcleos de Acolhimento Educacional (NAEs) e da Patrulha Escolar da PMMG.

Segundo a professora Maria Angélica Rodrigues Defilipo, na Escola Municipal Emílio Esteves dos reis, no distrito de Humaitá, os docentes trabalharam a temática da cultura da paz. Os alunos dos anos finais da instituição foram estimulados a produzir cartões com mensagens relacionadas ao tema.

Escolas particulares realizam ações lúdicas

Na rede de ensino Conexão, a data foi chamada de “O dia do amor” e contou com palestras ao longo de toda a semana sobre o tema. De acordo com Ana Paula Santiago, coordenadora socioemocional da rede, o objetivo era ir na direção contrária dos ataques e das ameaças e “trabalhar virtudes e valores como o amor”. A profissional aponta que, além de realizar eventos assim, o colégio também se dedica a promover esses valores ao longo do ano.

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A coordenadora afirmou, ainda, que ao longo do dia os alunos foram recepcionados com segurança, cumprindo as inspeções de rotina, com o uso de catracas. “Entendemos que sentir medo é normal, mas o pânico, não.(…) Nenhuma tensão foi sentida pelos alunos”, diz. Santiago também revela que, na data, o número de ausentes entre os estudantes do Ensino Médio foi mínimo, o que indica, em sua visão, uma confiança das famílias e dos alunos na segurança da instituição.

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