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Universitária que deixou bebê no lixo ganha liberdade provisória

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A universitária de 21 anos que deu à luz a um menino dentro de um banheiro na Regional Leste, na última quarta-feira (18), colocando a criança no cesto de lixo da unidade, teve alta do Hospital João Penido, onde estava sendo mantida sob custódia. A estudante foi encaminhada para a Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, no final da manhã desta sexta-feira, mas o juiz Paulo Tristão concedeu a ela liberdade provisória, para que responda ao processo em liberdade. A jovem, que já é mãe de uma menina de 1 ano, alegou não saber que estava grávida. Por telefone, a mãe da universitária contou que a família está muito abalada e que sua filha só agiu desta forma porque estava em uma situação de pavor. Para os pais, ela disse ter achado que a criança estava morta.

“Conheço a filha que tenho. Ela é boa, obediente. Estou destruída com tudo que está acontecendo. No hospital, ela me disse que agiu daquela forma por pavor. Minha filha estava diferente, mas não sabíamos o que estava ocorrendo”, comentou. A universitária foi presa em flagrante, dentro da regional, após o bebê ter sido encontrado na lata de lixo do banheiro por uma funcionária da unidade. O bebê estava de olhos abertos e aparentava bom estado de saúde.

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Segundo o irmão da universitária, ela estava muito alterada e não conseguia explicar o que tinha havido. O rapaz disse que todos foram pegos de surpresa e fez questão de defender a irmã, que, nos últimos meses, estava sob forte pressão emocional. Desempregada e sem ter como contar com o apoio do pai da filha, ela vinha fazendo doces para fora na tentativa de reforçar o orçamento doméstico.

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O psiquiatra forense Glauco Corrêa explicou que psicoses puerperais – ocorridas imediatamente após o parto ou tardiamente -, são eventos mais comuns do que parecem e comprometem a capacidade de julgamento da mulher, que está, não raro, sob forte impacto emocional da maternidade. A possibilidade de ela ter sido movida por uma enfermidade mental não está descartada e só poderá ser confirmada após avaliação psiquiátrica e posterior laudo pericial, o que deve ser solicitado pela Justiça.

Já o neném, passa bem. Ele está na pediatria do Hospital João Penido e poderá ter a avó materna como acompanhante. O destino dele ainda vai ser decidido.

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