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Após greve, calendário de reposição nas escolas estaduais segue indefinido

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Os alunos da rede estadual de ensino retornam às aulas na próxima segunda-feira (23). Após 42 dias de greve, os professores decidiram suspender temporariamente o movimento na última quarta-feira (18). No entanto, a categoria afirma que se mantém em “estado de greve”, o que significa que as atividades podem ser paralisadas a qualquer momento, até a promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 49/18. O documento insere na Constituição Estadual a obrigatoriedade de pagar aos servidores da educação o piso nacional previsto em lei federal e está em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A coordenadora regional do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Victória Mello, explica que os professores também irão aguardar a decisão sobre a PEC para negociarem junto à Secretaria Estadual de Educação (SEE) a reposição dos 29 dias do calendário letivo em que os alunos ficaram sem aula. Segundo os dados do sindicato, 70% dos cerca de 5.600 trabalhadores da educação na região aderiram à greve. “Ao longo do movimento, todas as escolas tiveram as atividades paralisadas.”

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Procurada pela Tribuna, a assessoria da SEE informou que “ainda não recebeu nenhum comunicado oficial dos representantes do movimento sobre o retorno dos grevistas, mas a decisão de suspensão da greve já era esperada. A adesão que já era pequena e vinha caindo nos últimos dias. Na quarta-feira (18), 105 escolas informaram que estavam nessa situação, de um total de 3.461 unidades no Estado. Em Juiz de Fora, uma escola relatou situação de paralisação total das atividades neste dia e outras seis, paralisação parcial.”

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A greve dos professores da rede estadual reivindicou o pagamento do piso salarial, o fim dos parcelamentos dos salários, o cumprimento de outros acordos assinados entre a categoria e o Governo estadual, além de atendimento de qualidade pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). No período em que a categoria se mantém em estado de greve, estão previstas paralisações. Duas delas serão agendadas para as datas de votação da PEC 49/18 no primeiro e segundo turno.

 

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