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Campanha da Fraternidade 2015 foca em projetos sociais

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Padre Anchieta, Dom Gil e padre Everaldo na coletiva desta manhã(Foto: Olavo Prazeres/20-02-15)
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“A Campanha da Fraternidade não fala só aos católicos, mas convida toda a sociedade a refletir sobre um problema que afeta a todos e partir para a ação, buscando soluções”. Foi falando sobre inclusão que o o arcebispo Dom Gil Antônio Moreira abriu a coletiva que trata da Campanha da Fraternidade de 2015, iniciativa realizada pela Igreja Católica no Brasil há mais de 40 anos. Neste ano, a temática será “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e o lema será “Eu vim para servir”, reforçando a necessidade de todos em auxiliarem o próximo, sobretudo os mais pobres e necessitados. Além de missas, grupos de discussões e palestras, a campanha também visa a dialogar com instituições governamentais para a atuação em prol dos temas debatidos. “Já estou em contato com a Câmara e a Prefeitura para fazer uma palestra sobre a campanha em audiência pública, como faço anualmente, e propor iniciativas de atuação conjunta em prol de melhorias para a sociedade. Também é papel da Igreja alertar os governos para questões importantes e muitas vezes cobrar ações mais efetivas”, observou Dom Gil.

Dom Gil falou, ainda, sobre outras ações e temas que serão especificamente abordados em Juiz de Fora. “As mortes violentas são uma realidade crescente na cidade hoje em dia, algo que não se via alguns anos atrás. Pretendemos debater esta situação em sua relação com o tráfico e consumo de drogas por exemplo, atuando junto a pastorais, diaconias e outros órgãos que já trabalham dando apoio social e promovendo ações em prol da conscientização.” O pároco acrescentou que a Arquidiocese possui outros importantes locais de atuação que deverão ser fortalecidos durante a campanha deste ano, como as cinco casas da Fazenda Esperança (que atende jovens dependentes químicos e deverá ter, em breve, uma unidade voltada para mulheres), a Pastoral da Criança, a Pastoral da Saúde, a Pastoral Carcerária (que poderá ter uma casa em que presos de baixa periculosidade atuam em segmentos sociais, cuidando do imóvel e do cumprimento da própria pena), o grupo Pequeninos de Jesus (voltado para a população de rua), entre outras frentes. “É o momento de fortalecer estes trabalhos sociais e convidar ao serviço e à entrega, sobretudo no tema deste ano. O próprio cartaz simboliza isso, mostrando o Papa Francisco beijando os pés de um fiel, e é a primeira vez que um Papa aparece na campanha, sinal de uma Igreja que busca maior aproximação com a sociedade, como o Papa vem demonstrando”, destaca o vigário episcopal para o Mundo da Caridade, Padre José de Anchieta.

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A Campanha da Fraternidade é realizada em todo o país no período da Quaresma, celebrado entre a Quarta-feira de Cinzas e o Domingo de Ramos (que antecede a Páscoa). Neste último dia, ocorre a Coleta Nacional da Solidariedade, em que todo o dinheiro recolhido das missas é destinado à atuação da campanha. Em Juiz de Fora, o montante arrecadado nas 90 paróquias deve ter 40% enviado ao Fundo Nacional da Solidariedade, gerido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “Este fundo já foi utilizado em importantes trabalhos humanitários, como o auxílio às vítimas do terremoto no Haiti”, exemplifica Dom Gil. Os outros 60% atenderão a projetos da Arquidiocese que atuem na linha social relacionada ao tema deste ano. “Isso já é feito em algumas paróquias independentemente da Campanha. Parte do dízimo vai para obras sociais da Paróquia, como ocorre na de Santa Terezinha com frequência”, observa o Padre Everaldo Borges, secretário-executivo de coordenação pastoral, que também esteve na coletiva.

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