Uma professora de creche comunitária, de 37 anos, denunciou ter sido agredida por uma mãe de aluno, 27, no início da noite última terça-feira (17), na Zona Norte de Juiz de Fora. O caso de violência aconteceu 48 horas depois do Dia dos Professores. De acordo com informações do Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) da Polícia Militar, a docente contou que estava com sua filha, 15, caminhando por via pública, quando foi abordada pela mulher, que teria dito: “Você gosta de bater em criança, você bateu no meu filho no dia 1º”.
A professora contestou a acusação, acrescentando que estava licenciada e que jamais faria aquilo. Entretanto, mesmo diante da negativa, a suspeita teria partido para cima da profissional, desferindo puxão de cabelo, soco na face, além de arranhões pelo rosto, pescoço e braços. Na sequência, ainda teria agredido a filha dela, agarrando seus cabelos e arranhando seu pescoço. A adolescente tentou se desvencilhar da agressora, mas ela só teria parado quando populares intervieram.
Conforme a PM, após o ocorrido, a professora apresentava lesões no pescoço, rosto e braço, mas recusou atendimento médico, dizendo que, caso fosse necessário, seguiria até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte. Já a jovem sofreu ferimentos na região do pescoço.
Com base nas informações repassadas pela vítima, militares seguiram até o endereço da suspeita, na Zona Norte, no entanto, ela não foi encontrada. A ocorrência foi registrada como lesão corporal e seguiu para investigação na Polícia Civil.
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Professora já havia registrado ameaça sofrida
A docente que denunciou agressão na última terça-feira disse já ter sido ameaçada anteriormente pela mesma pessoa, no dia 12 de setembro. Naquela oportunidade, ela também registrou boletim de ocorrência, na sede do 27º Batalhão da PM. Conforme o documento, a suspeita teria enviado mensagens via WhatsApp para o celular pessoal da diretora da instituição e para o celular da creche, ameaçando a professora de agressão. O motivo seria a mesma acusação de o filho dela ter sido supostamente agredido. A suspeita ainda estaria divulgando a foto da vítima e o nome da creche em redes sociais de forma depreciativa. Nesta semana, a profissional reiterou que trabalha na mesma instituição há seis anos e que nunca teve qualquer problema relacionado aos alunos, afirmando não ter agredido qualquer criança.
Apesar de a agressão contra a professora ter acontecido fora das dependências da creche, a instituição se manifestou nas redes sociais em solidariedade à vítima: “A creche vem a público repudiar qualquer ato de violência e/ou agressão que ocorram em nossa sociedade, em especial com relação aos profissionais ligados à educação, que exercem suas funções com zelo e amor em prol de nossas crianças”. Na nota, a instituição diz realizar trabalho há mais de 20 anos na Zona Norte, atendendo “com qualidade, eficiência, segurança e amor todas as crianças”: “Temos muito respeito por nossa história, por nossos profissionais que sempre estão se dedicando a atender cada dia melhor as famílias, crianças e adolescentes”.