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Jovem é condenado a 18 anos de reclusão por assassinar pastor na porta de casa

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Julgamento durou mais de seis horas no Fórum Benjamim Colucci (Foto: Olavo Prazeres)
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Foi condenado a 18 anos de reclusão em regime fechado, Jean Paulo Agrelli da Silva, 21 anos, pelo homicídio do pastor e sargento reformado do Exército, João Carlos de Brito, 54, assassinado à queima-roupa, com tiros na cabeça em 25 de novembro de 2015, no Bairro São Judas Tadeu, na Zona Norte de Juiz de Fora. Já o outro jovem, que teria dado cobertura ao crime, 21, foi absolvido. O julgamento foi realizado nesta quinta-feira (19), em sessão presidida pelo juiz Paulo Tristão, no Fórum Benjamin Colucci, que teve duração de pouco mais de seis horas. O júri foi aberto às 10h e encerrou-se por volta das 16h30.

No entendimento do Ministério Público (MP), o rapaz absolvido auxiliou Jean, uma vez que teria sido o responsável por levar o condenado até o local do crime e colaborou, posteriormente, para sua fuga. Ainda conforme o MP, a dupla impossibilitou a defesa da vítima, quando surpreendeu o pastor com tiros no momento em que ele saía de sua residência.

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De acordo com a Polícia Civil, o pastor da igreja Tabernáculo do Espírito Santo foi morto por engano. Segundo as investigações, o alvo dos autores seria um morador do bairro onde o líder religioso foi morto. À época, o delegado responsável pelo inquérito chegou a ouvir a possível vítima dos disparos, que afirmou não saber se alguém poderia matá-lo. Os suspeitos foram capturados no dia do crime pela Polícia Militar. Com eles estavam uma motocicleta e uma arma.

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João Carlos de Brito não tinha desafetos e foi assassinado na Rua Monsenhor Francisco de Paula Salgado. O suspeito estava do outro lado da rua e, por volta de meio-dia e meia, disparou quando a vítima iria entrar em seu veículo na companhia da esposa. Depois de o pastor cair no chão, o atirador fez mais dois disparos contra a cabeça dele. O assassino fugiu a pé e, poucos metros à frente do local do homicídio, embarcou em uma moto.

Familiares de João Carlos acompanharam o julgamento vestindo camisas com os seguintes dizeres: “Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra uma nação”. O cunhado do pastor, Luiz Fernando, disse que, depois de quase dois anos, eles esperavam por justiça. “Apesar de ser difícil estar aqui, nós esperávamos uma resposta.” Já a cunhada Cleia Ibraim lembrou dos serviços prestados à comunidade que eram coordenados por João. “Era um homem que se dedicava à igreja e só fazia bem ao próximo. Ainda é muito difícil entender o porquê de ele ter sido morto”, finalizou.

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