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Concorrência para reforma da Escola Delfim Moreira é concluída

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Virtual cartão postal de Juiz de Fora, prédio do período imperial vem se deteriorando ano após ano (Foto: Marcelo Ribeiro)
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Após uma longa espera, a reforma e restauração da Escola Estadual Delfim Moreira pode finalmente sair do papel. Nesta quarta-feira (19), foi publicada no Diário Oficial de Minas Gerais a homologação da concorrência para a realização das obras, promovida pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem do Estado de Minas (DEER-MG). Embora ainda não haja data para o início da execução dos trabalhos, as centenas de alunos e os professores do conhecido Grupo Central já podem vislumbrar a saída da sede provisória alugada entre as ruas Santo Antônio e Fernando Lobo e o retorno às salas de aula do Palacete Santa Mafalda. A construção do período imperial é tombada pelo Patrimônio Histórico do município e está situada em plena Avenida Rio Branco, esquina com a Rua Braz Bernardino, também no Centro de Juiz de Fora.

A Catalunha Engenharia Ltda. foi a vencedora da licitação com o preço global de R$ 7.986.885,27, referente a janeiro de 2018. O valor orçado pelo DEER, estipulando uma espécie de teto, era de R$ 10.062.247,70. Outras duas empresas haviam sido habilitadas a concorrer no início de agosto, sendo elas o Consórcio Escola Delfim Moreira (composto por Construtora Itamaracá Ltda., Conata Engenharia Ltda. e Infracon Engenharia e Comércio Ltda.) e a Eficiência Construtora Ltda., conforme publicação no Diário Oficial em 7 de agosto. Como não houve interposição de recursos na fase de habilitação, os envelopes com as propostas de preços foram abertos no dia 21 daquele mês.

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Em nota, a assessoria do DEER informou que a próxima etapa será a assinatura do contrato e “resolução de demais trâmites legais para posterior ordem de início dos serviços. Assim que forem autorizados os trabalhos, a previsão de execução da obra é de dois anos”.

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Ainda conforme o DEER, serão realizados: reforma geral do telhado, substituição do forro e piso, recuperação das portas e janelas, construção de novos banheiros e cantina em substituição aos existentes, execução de novas redes hidráulica e elétrica, implantação de acessibilidade em toda a edificação, reforma da quadra poliesportiva e dos passeios externos, implantação de sistema de combate à incêndio e pânico, além de restauração da fachada e da escada interna de madeira.

Manifestações
A demora em solucionar os problemas estruturais na sede oficial da tradicional instituição de ensino, fechada desde o segundo semestre de 2013, levou a uma série de manifestações realizadas pelos estudantes, professores e funcionários. Em uma delas, em meados do ano passado, cerca de 300 alunos reuniram-se em protesto em frente ao prédio histórico. O objetivo do ato, que chegou a fechar a Rio Branco por cerca de meia hora, foi cobrar do Governo estadual o início das obras.

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A falta de uma quadra poliesportiva está entre alguns dos problemas enfrentados pelos discentes e docentes no edifício alugado ao custo de R$ 44 mil mensais. A luta é também contra o sucateamento do ensino, já que a deterioração do espaço físico foi tratada com descaso por anos pelo Poder Público até ocorrerem acidentes por conta de buracos abertos no assoalho do palacete e alagamentos em dias chuvosos. Outros colégios estaduais da cidade passam por dificuldades em decorrência das instalações precárias pela falta de reparos, como mostrado em reportagem publicada pela Tribuna em maio.

Além da questão estudantil, o Palacete Santa Mafalda fica em uma das principais avenidas de Juiz de Fora e, o que teria potencial para ser mais um cartão postal, se transformou em um lugar de janelas quebradas e paredes pichadas.

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