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Bombeiros simulam socorro em elevador no 23º andar

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Foto: Felipe Couri
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Ninguém gosta de ficar preso dentro de um elevador, mas a possibilidade existe. A mão transpira, e o pânico é iminente, mas os bombeiros alertam: é preciso manter a calma. Não adianta chamar o porteiro ou o zelador do prédio, pois apenas os técnicos das empresas responsáveis pela manutenção dos ascensores e o próprio Corpo de Bombeiros estão aptos a realizar esse tipo de resgate, conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para atuar de forma mais qualificada diante das novas tecnologias, cerca de 80 militares do 4º Batalhão (BBM) concluíram nesta quinta-feira (19) o curso de capacitação para socorro em elevadores. Além da parte teórica, o grupo simulou uma atividade no 23º e último andar de um prédio comercial na Avenida Rio Branco, no Centro.

O treinamento é realizado pela empresa alemã e fabricante dos equipamentos Thyssenkrupp, representada pelo consultor técnico André Arlann Silva. “Nós movimentamos o elevador para fazê-lo ficar desnivelado, enquanto as equipes estão divididas na casa de máquinas e em frente à cabine, onde acontece o resgate. Com o sistema de freios, vamos movendo o elevador até ele voltar a ficar no mesmo nível do pavimento, para podermos retirar os passageiros”, explica. O ascensor usado fica na área de emergência do edifício e tem capacidade para 20 pessoas ou 1.500kg.

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Segundo ele, quando o técnico em manutenção chega a um prédio em situação de emergência, identifica onde o elevador está parado e sobe para a casa de máquinas. Se a cabine estiver nivelada, o resgate pode ser feito imediatamente após o desligamento do sistema, para garantir a segurança. No entanto, se o ascensor tiver estacionado “entre paredes”, é preciso que uma segunda pessoa fique no pavimento e acalme os passageiros, mantendo contato com quem estiver manipulando os freios, até que a cabine seja nivelada, possibilitando a retirada de todos. André destaca que muitos problemas causados em elevadores são provenientes da falta de manutenção e do mau uso, como excesso de peso e choques contra portas e paredes das estruturas.

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Também responsável pela capacitação, o tenente Rogério Pereira lembra um erro comum cometido por muitos usuários e com sérios riscos: “A pessoa não deve tentar sair sozinha, para não acontecer um acidente pior. Além disso, toda vez que acessar o elevador de um prédio, tem que verificar se ele está no pavimento. Já tivemos ocorrências desse tipo. Às vezes, estão com pressa e nem olham, mas pode acontecer de a cabine não estar posicionada e haver uma queda.”

O tenente reforça que, se a pessoa ficar presa, deve manter a calma e não entrar em pânico, acionando o botão de emergência do elevador. “Se o celular estiver com sinal, pode ligar para a empresa responsável ou para o 193, que rapidamente viemos resgatar. O objetivo desse curso é para também não danificar o equipamento e garantir a segurança dos próprios socorristas.” De acordo com ele, o salvamento de pessoas nessa situação faz parte da rotina do Corpo de Bombeiros. “Às vezes, não temos nenhum caso, mas há dias com mais de um. Temos que lembrar de todas as ocorrências nas quais atuamos em Minas Gerais. O treinamento é diário, para atendermos com eficiência a população.”

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