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Carro invadiu contramão antes de atingir moto

Delegada Patrícia Ribeiro lembrou que Polícia Civil tem 30 dias para concluir investigações, mas equipe trabalha para antecipar este prazo (Foto: Olavo Prazeres/19-05-16)
Delegada Patrícia Ribeiro lembrou que Polícia Civil tem 30 dias para concluir investigações, mas equipe trabalha para antecipar este prazo (Foto: Olavo Prazeres/19-05-16)
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Atualizada às 16h48

Informações preliminares da perícia apontam que os veículos envolvidos no acidente que matou um casal em uma moto no último sábado bateram de frente. Segundo a titular da 6ª Delegacia de Polícia Civil, Patrícia Ribeiro, o Volkswagen Up teria invadido a contramão e atingido a Yamaha XTZ 250, onde estavam Eduardo Afonso da Silva Vieira, 31 anos, e sua esposa, Vanessa Venazoni, 33, mortos na trágica batida na Avenida Brasil, próximo ao Tupynambás, no Poço Rico. Ainda nesta quinta-feira (19), a delegada divulgou que trabalha com as hipóteses de que o condutor do carro teria ingerido bebida alcoólica e estaria dirigindo em alta velocidade. O motorista ainda não foi encontrado, já que não teria retornado em casa desde o dia dos fatos, e as diligências para localizá-lo continuam.

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[Relaciondas_post] “Parece ter sido divulgado que o veículo teria se chocado contra a traseira da motocicleta. Isso não é verdade. O laudo não está pronto, mas o perito já concluiu que o carro invadiu a contramão direcional e pegou a moto de frente. Possivelmente estava em alta velocidade. Também pelas evidências, esse condutor estaria fazendo uso de bebida alcoólica momentos antes de colidir, porque foram encontrados vestígios de vidro e tampas de garrafa de bebida dentro do veículo. Uma testemunha o viu arremessando alguma coisa para o lado de fora antes de ele fugir do local, e cacos de vidro também foram achados às margens do rio. Esse material todo foi colhido e encaminhado para perícia”, informou a delegada. “Tudo indica que ele estaria sob efeito de álcool.”

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Conforme ela, o motorista do Up seria o proprietário do carro, identificado desde o dia do acidente. “Em contato com a família, eles nos informaram que, desde a data do evento, ele não retornou em casa. Estamos trabalhando para localizá-lo”, garantiu. Os policiais também buscam imagens de câmeras na região para ajudar na elucidação do caso. “Já temos imagem de que ele teria avançado o sinal na Avenida Brasil momentos antes do acidente. O condutor está identificado, qualificado e também temos imagens dele saindo do local. Foi reconhecido por uma testemunha.” Na quarta-feira, a Polícia Civil negou ser a responsável pela divulgação de fotos do suposto proprietário do carro. As imagens estão circulando nas redes sociais nos últimos dias.

Patrícia teve cautela para falar sobre o possível indiciamento do condutor e também sobre a presença de uma carona no Volkswagen Up. “Ainda é cedo. Precisamos concluir as investigações, ouvir esta pessoa, para chegarmos a uma conclusão. A princípio estamos entendendo que, pelas circunstâncias do acidente, ele pode ter agido com dolo.”
Segundo ela, os laudos são aguardados para conclusão do caso. “A Polícia Civil tem 30 dias para concluir as investigações, e estamos trabalhando para que isso ocorra antes deste prazo. Médicos legistas, peritos, investigadores, todos estão muito empenhados. Estamos trabalhando para reunir um conjunto probatório forte, para concluir o inquérito e encaminhar à Justiça.”

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O acidente

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O trágico acidente aconteceu por volta das 3h na Avenida Brasil, próximo ao Tupynambás, no Poço Rico, Zona Sudeste. Conforme a PM, a moto Yamaha XTZ 250 de Eduardo foi atingida por um veículo Volkswagen Up. Após a colisão, o motorista do veículo deixou o carro no local e fugiu sem prestar o socorro. A viatura da PM chegou e acionou o Samu, que constatou o óbito do condutor da motocicleta. Apenas quando familiares foram comunicados é que surgiu a notícia de que Vanessa estaria no carona. A suspeita de ela ter sido lançada no Rio Paraibuna foi reforçada após o capacete ter sido achado nas margens. O corpo dela foi encontrado cerca de 60 horas depois, na tarde de segunda, preso a galhos no Paraibuna, na altura do Vila Ideal.

 

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