A chuva que atingiu Juiz de Fora no último domingo (18) gerou danos em diferentes regiões da cidade. De acordo com a Defesa Civil, choveu 38,7 milímetros em 24 horas e os ventos chegaram a 78,1 km/h. Com isso, a cidade ultrapassa o volume de chuvas previsto para todo o mês de fevereiro, que era de 170,3 milímetros.
O órgão da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) foi acionado para atender três ocorrências, sendo duas relacionadas a deslizamento de solo e uma de enxurrada. Já o Corpo de Bombeiros atendeu 20 ocorrências em decorrência da chuva, entre elas corte/poda de árvore caída em via publica ou residência e vistorias em risco de queda de árvore.
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Na Avenida Itamar Franco, na altura do Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, na Zona Sul, a queda de uma árvore arrebentou um cabo de energia e interditou a pista de descida. A Tribuna entrou em contato com a Cemig para mais informações sobre o fornecimento de energia nesta e em outras áreas da cidade. A Companhia afirmou estar atuando para reparar os problemas. A previsão é de que os trabalhos sejam finalizados até o final da tarde desta segunda-feira (19).
“Cerca de 120 profissionais estão neste momento trabalhando para restabelecer o sistema elétrico em diferentes localidades mas quais a rede foi mais atingida. Com fortes rajadas de vento e descargas atmosféricas, objetos como telhas, placas e galhos de árvores foram arremessados contra o cabeamento da rede Cemig, rompendo fios e danificando equipamentos. As ocorrências estão pulverizadas em diferentes ruas e bairros da cidade, não havendo grande concentração de clientes sem energia em uma mesma localidade”, informou em nota.
Também foram registradas quedas de árvore na Rua Antônio Passarela, no Bairro São Mateus, região central, e no Bairro Parque Jardim da Serra, na Zona Oeste de Juiz de Fora.
Além disso, com a intensidade das rajadas de vento, uma telha caiu na Avenida Barão do Rio Branco, no Bairro Cruzeiro do Sul, e o portão do Colégio dos Jesuítas, no Centro da cidade, entortou. Em nota enviada para a Tribuna, a instituição de ensino, por meio da assessoria, disse que os fortes ventos empenaram parte da grade da fachada. “No mesmo dia do evento, o Colégio iniciou os procedimentos para reparação”, garantiram.
Chuvas já eram esperadas
A pancada de chuva de domingo já havia sido prevista pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Conforme matéria publicada pela Tribuna, o tempo instável é influencia da ocorrência de um ciclone subtropical que surgiu na última quarta-feira (14) no litoral de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. Esse ciclone provocou chuvas intensas em municípios do Rio e no estado de São Paulo.