Um casal da Rua Doutor Etiene Loures, no Bairro Ipiranga, Zona Sul de Juiz de Fora, inovou ao fugir do padrão de reaproveitamento da água da máquina de lavar, que geralmente é utilizada na limpeza de áreas externas, criando um sistema que permite o reuso na descarga de um dos banheiros do imóvel.
Segundo a moradora Ilka Costa, as ações contra o desperdício foram evoluindo ao longo do tempo. No início, a água do enxágue da máquina era acumulada em baldes. No entanto, a bagunça provocada número de baldes que ficavam no espaço, fez com que ela e o marido Maurício comprassem duas bombonas. Como terraço, escada e garagem da residência são lavados somente duas vezes durante a semana, o casal decidiu criar um sistema que permitisse a transferência da água das bombonas para a descarga do banheiro mais utilizado da casa.
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Um novo vaso com descarga acoplada e um registro foram instalados no local. O registro permite a utilização de água potável nos dias em que as bombonas estão vazias, situação que aconteceu somente duas vezes nos mais de 45 dias de implantação da ideia.
Um outro registro também foi instalado nas bombonas, com o mesmo objetivo de sinalizar a falta de acumulado nos reservatórios adaptados. Como a casa possui três andares e a máquina de lavar fica no ponto mais alto do imóvel, a moradora diz que não houve comprometimento na pressão da descarga.
Segundo Ilka, o investimento foi de aproximadamente R$ 3 mil e, com a ideia, a conta de água está quase chegando ao valor mínimo de consumo. “Este mês gastamos apenas 6 metros cúbicos de água, e a conta ficou em torno dos R$ 18. Com uma casa de três andares, com quatro pessoas, além de uma cachorrinha, o nosso consumo tem sido muito baixo. Cada vez que utilizamos a máquina, enchemos cerca de um terço das bombonas, água que ia embora pelo ralo antes de implantarmos o sistema”, destaca.
“No entanto, o nosso maior interesse não está na redução do valor da conta, até porque para recuperarmos os gastos da obra precisaremos de uns cinco anos. O principal objetivo é ter consciência dessa possibilidade de reaproveitamento. Ficamos felizes em chegar ao banheiro e dar a descarga com água reaproveitada. Só não economizamos mais porque não retemos o primeiro enxágue, por causa do cheiro forte da água. Temos consciência de que o tempo de somente economizar água é passado. Agora precisamos investir na água”, afirma.
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