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Delegada Regional assume chefia do 4º Departamento da Polícia Civil

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Patrícia é a primeira mulher a assumir o 4º departamento (Foto: Olavo Prazeres)
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A delegada regional de Juiz de Fora Patrícia Ribeiro de Souza Oliveira foi designada para assumir a chefia do 4º Departamento da Polícia Civil, responsável por mais 85 cidades da região da Zona da Mata, incluindo as delegacias regionais de Ubá, Leopoldina e Muriaé. Com a mudança, o até então delegado da Especializada de Homicídios, Armando Avolio Neto, assume como titular da 1ª Delegacia Regional de Juiz de Fora, no lugar dela. As novas atribuições foram publicadas no Diário Oficial de Minas Gerais desta terça-feira (18) e assinadas pelo chefe da Polícia Civil do estado, delegado-geral João Octacílio Silva Neto.

Segundo a assessoria da instituição, Patrícia é a primeira mulher a chefiar o 4º Departamento. Com 27 anos de carreira na Polícia Civil, ela afirma “o objetivo de continuar prestando serviço de qualidade, agora não só em Juiz de Fora e região, mas em todo o departamento”. “A cidade é uma das que apresenta melhores resultados, em termos de prisões, apreensões e apurações. Vamos melhorar cada dia mais esse trabalho com os policiais e toda a sociedade.” Ela ingressou na carreira policial aos 18 anos, na época como detetive, e em 2008 tornou-se delegada. “É com muita satisfação que recebemos essa notícia, é mais um reconhecimento. Quero aproveitar a experiência de longa data para fazer um trabalho à altura.”

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O delegado-geral Carlos Roberto da Silveira Costa foi dispensado da chefia do 4º Departamento, cargo que ocupou por mais de dois anos. Já próximo da aposentadoria, ele está de férias regulamentares e posteriormente vai desfrutar de nove meses de férias prêmio, já publicadas.

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Avolio garante continuidade dos trabalhos

Armando Avolio assume a 1ª Delegacia Regional (Foto: Leonardo Costa)

Também em período de descanso, o delegado Armando deve assumir a 1ª Delegacia Regional no dia 2 de janeiro, tornando-se responsável por 18 delegacias, sendo 11 locais e mais sete espalhadas por cidades da região: São João Nepomuceno, Bicas, Rio Novo, Matias Barbosa, Rio Preto, Lima Duarte e Mar de Espanha. Até lá, Patrícia acumula as duas funções.

Armando também garantiu a continuidade dos trabalhos já realizados, junto com a valorização e a capacitação dos servidores lotados na unidade. “O terceiro ponto seria o foco no atendimento ao público, na prestação de serviços de polícia judiciária.” Ele também pretende promover “aplicação cada vez maior da inteligência policial”, com mapeamento das zonas quentes de criminalidade. “É uma atuação cirúrgica, visando a retirada de circulação dos autores contumazes dos diversos delitos e implementação de outros projetos.”

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Delegada considera tiroteio “fato isolado” e garante vigiar condutas

Questionada sobre a imagem da Polícia Civil local após a repercussão do tiroteio entre policiais civis mineiros e paulistas no estacionamento do Centro Médico Monte Sinai, no dia 19 de outubro, a nova chefe do 4º Departamento, Patrícia Ribeiro, considerou o episódio como um “fato isolado”. “Não podemos punir toda a instituição por uma atitude de quatro pessoas”, afirmou, se referindo ao escrivão Rafael Ramos dos Santos, 30, e aos investigadores Leonardo Soares Siqueira, 43, e Marcelo Matolla de Resende, 45, além do policial juiz-forano Rodrigo Francisco, 39, o Chicão, assassinado com cerca de 20 tiros no episódio. Os sobreviventes foram indiciados pela Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais na última sexta-feira (14) por latrocínio (roubo seguido de morte), organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O inquérito inicialmente foi conduzido por Armando Avolio. “O caso está sendo muito bem apurado pela Corregedoria, junto com o Ministério Público. Aguardamos um delineamento da conduta de cada um. Mas não podemos tomar isso para a imagem de toda uma instituição”, reiterou Patrícia, destacando a baixa nos índices de homicídios e roubos e também o trabalho da Delegacia de Mulheres.

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“Não é justo questionar a instituição por contra da conduta isolada. Cada um tem que se responsabilizar por seus atos. Foi muito triste, mas não podemos abaixar a cabeça. E vamos vigiar mais para que fatos dessa natureza não voltem a acontecer”, finalizou a primeira mulher à frente do 4º Departamento.

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