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MEC divulga desempenho dos cursos de ensino superior

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Os cursos de História e Engenharia Elétrica, do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), e o de Licenciatura em Pedagogia, do Instituto Superior de Educação Carlos Chagas, obtiveram resultados insatisfatórios no Conceito Preliminar de Curso (CPC), divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) nesta sexta (18). O índice, formado pelo resultado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e de avaliações, como a qualidade do corpo docente, infraestrutura e recursos didático-pedagógicos, apresenta conceitos entre 1 e 5, sendo 1 e 2 considerados insuficientes. Os três cursos, que tiveram CPC 2, ficam agora impedidos de abrir novas vagas e firmar novos contratos de programas, como o Universidade para Todos (Prouni), o Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), e conseguir recursos por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Ao todo, em Juiz de Fora, foram avaliados 53 cursos de ensino superior públicos e privados, cujos alunos foram submetidos ao Enade em 2014. Oito deles não tiveram os conceitos divulgados porque o curso ainda não era reconhecido pelo MEC em 31 de dezembro do ano passado.

Conforme as regras divulgadas ontem pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, instituições que tiveram CPC insatisfatório durante duas avaliações seguidas não podem mais promover vestibulares para abertura de novas turmas. A exceção está naquelas que pedirem revisão, após assinatura de um protocolo de compromisso. Está neste grupo, formado por 68 cursos em todo o Brasil, o Instituto Superior de Educação Carlos Chagas, com sede em Além Paraíba, mas que oferecia graduação em Pedagogia em Juiz de Fora. De acordo com a diretora da unidade local, Maria Suzana Fortes Binato Junqueira, o último vestibular promovido para o curso foi em 2011, sendo que, até este ano, a unidade se manteve para formar os alunos remanescentes. Sobre o resultado, ela citou a hipótese de o corpo docente ter diminuído ao longo destes anos, em razão do fechamento. “Eram 21, e terminamos com sete. É uma explicação, pois sempre tivemos boas titulações, infraestrutura boa e alunos dedicados. O curso foi extinto, e não havia necessidade de fazer nova avaliação pelo MEC e pedir prazo para cumprir estas metas de exigência.”

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No caso do CES/JF, a assessoria de comunicação informou que a avaliação de engenharia elétrica apresentada é, na verdade, da extinta graduação de engenharia de telecomunicações, que agora retornou como uma habilitação da elétrica. Por ter o pedido de extinção feito em 2012, o índice foi jogado para baixo, já que o CPC é formado, também, pela avaliação do corpo docente. O mesmo vale para o extinto curso de história, com pedido de encerramento feito no mesmo ano. Os estudantes que se submeteram ao Enade, ainda segundo a instituição, são aqueles remanescentes das antigas graduações e que ainda tinham pendências que impediam a colação de grau.
Este ano, foram avaliadas algumas graduações de ciências exatas e outras de licenciaturas. Entre as carreiras, estão filosofia, letras, pedagogia, física, engenharia, geografia, química, ciências biológicas e sistemas de informação.

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IGC
Além dos resultados do Enade e do CPC, o MEC divulgou ontem o Índice Geral de Cursos (IGC), que avalia a qualidade das instituições de educação superior do país como um todo. Este resultado é obtido a partir de uma média ponderada, formada pelas notas dos CPC e os conceitos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Na cidade, todas as instituições, públicas e federais, tiveram índices satisfatórios (a partir de 3), mas nenhuma teve a nota máxima, que é 5. Com nota 4, ficaram a UFJF, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais (IF-Sudeste), e as faculdades Doctum e Suprema.

No país
Em todo o Brasil, passaram pelas avaliações 6.805 graduações, sendo que 756 deles tiveram CPC com nota 1 ou 2. No total, 396.862 estudantes fizeram o Enade 2014. Em entrevista coletiva, Mercadante anunciou algumas novidades. Uma delas, que entrará como um projeto piloto em 2016, é o Enade Digital, quando o estudante poderá se submeter à avaliação por meio da internet. Outra possibilidade levantada é de o exame ser exigência para novos estudantes de mestrado e doutorado.

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