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Acidente na Serra do Bandeirantes: perito e testemunhas apontam responsabilidade de condutora que estaria com sinais de embriaguez

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Segundo o delegado Rodolfo Rolli, da 4ª Delegacia, um perito da Polícia Civil (PC) e testemunhas indicaram que a condutora de um dos veículos que se envolveu no acidente na Serra do Bandeirantes, na noite do último domingo (13), teria sido a causadora da colisão e apresentaria sinais de embriaguez. As informações foram divulgadas na manhã desta sexta-feira (18), com base nos depoimentos de dois policiais militares que atenderam a ocorrência, de uma transeunte que estava no local no momento do choque entre os veículos e de duas vítimas ocupantes do carro atingido.

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Um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias do acidente, que ocorreu em uma noite chuvosa na Rua Paracatu, na Serra do Bandeirantes, Zona Nordeste de Juiz de Fora. Uma das vítimas, Ângelo Gabriel Rodrigues de Mendonça, de 2 anos, teve a morte confirmada pela Santa Casa de Misericórdia na tarde da quarta-feira (16).

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Em um carro estava apenas uma mulher, 36 anos, que apresentou sinais de embriaguez, mas teria sido orientada pelo advogado a não realizar o teste de bafômetro. No outro veículo, havia o condutor, 36 anos, e uma família, composta pelo pai, 27, a mãe, 28, e três crianças, de 9, 6 e 2 anos. Além do óbito confirmado no filho mais novo do casal, a irmã de 9 anos segue internada em estado grave no CTI infantil da Santa Casa, utilizando equipamento de ventilação mecânica.

Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Samu atenderam a ocorrência no domingo (Foto: Divulgação / Corpo de Bombeiros)

Depoimentos sobre o acidente

Durante os depoimentos colhidos pela PC, um policial militar relatou que a condutora do veículo “possuía sinais de embriaguez e olhos vermelhos”. O relato foi corroborado por outro colega, que além dos olhos, observou também um comportamento estranho da investigada no caminho do hospital. Uma testemunha ocular também foi ouvida. De acordo com ela, a mulher estava com olhos vermelhos e o rosto inchado. “Em momento algum demonstrou preocupação com o acidente causado”, teria observado.

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Ainda segundo a Polícia Civil, a mãe da criança que veio a óbito e que também foi vítima do acidente enfatizou o fato de que em nenhum momento a condutora do outro veículo teria mostrado preocupação com a colisão que acabara de acontecer. O pai de Ângelo e das duas meninas, por sua vez, “afirmou categoricamente à polícia que a mulher apresentava fortes sinais de embriaguez”, de acordo com o delegado Rolli. O casal contou, ainda, que está muito abalado e que, até o momento, a condutora ou seu procurador não demonstraram solidariedade com a família, além da ausência de qualquer tipo de auxilio, seja financeiro ou psicológico. 

O laudo pericial do local do acidente está em fase final. No entanto, de acordo com o perito responsável por confeccioná-lo, já é possível apontar a responsabilidade da condutora. Novas oitivas estão sendo realizadas nesta sexta-feira, segundo a PC. “Os investigadores estão em campo colhendo possíveis filmagens do local onde a condutora estava antes do acidente”, comunicou a assessoria do órgão.

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Delegado Rodolfo Rolli, que comanda a investigação sobre o acidente (Foto: Reprodução / Polícia Civil)
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