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Aposentada é vítima de estelionato e tem prejuízo de mais de R$ 11 mil

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Uma idosa de 77 anos perdeu mais de R$ 11 mil após ter sido vítima de estelionato. O caso foi registrado pela Polícia Militar nesta quinta-feira (17), depois que a aposentada, moradora da região central de Juiz de Fora, desconfiou do crime. De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima relatou que é funcionária pública aposentada e que possui uma causa conjunta na justiça. Nesta quinta, ela recebeu uma ligação de um homem, que se apresentou como um advogado da cidade de Belo Horizonte e disse que seria responsável pela causa da idosa. Ele afirmou que estava entrando em contato com todos os beneficiários de Minas Gerais, uma vez que a causa conjunta da qual a aposentada faz parte teria sido ganha na justiça.

O tal advogado orientou que a vítima fizesse contato com outro advogado, em Brasília, o que foi realizado por ela. Conforme a aposentada, o suposto profissional, ao conversar com ela, confirmou todos os dados dela e a orientou a realizar uma transferência, no valor de R$ 3.411, para uma despachante, a fim de atualizar as certidões e certificados. A vítima fez a transação bancária e encaminhou o comprovante.

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Todavia, nova solicitação foi realizada. Desta vez, ela tinha que fazer nova transferência no valor de R$ 7.833 para a mesma destinatária por meio de Pix, com o propósito de quitar um imposto. Novamente, a vítima realizou o que foi pedido e enviou o comprovante. Entretanto, ela foi surpreendida, sendo informada que necessitava fazer uma nova transferência de R$ 18.157 para gerar uma guia de recebimento. A idosa, então, desconfiou do pedido e não realizou a última transação solicitada. Diante da situação, ela procurou a polícia para registrar a ocorrência e pedir providências.

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Golpes ficaram mais frequentes na pandemia

Os registros desse tipo de crime que vitimou a idosa ficaram mais frequentes na pandemia, uma vez que estelionatários têm se aproveitado desse cenário para praticar mais crimes e inventar novas modalidades de golpes. A Tribuna não teve acesso a dados de registros de estelionato neste primeiro semestre de 2021, mas, no mesmo período do ano passado, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirmou o aumento de 19,37% nos crimes de estelionato em Juiz de Fora em relação ao ano anterior. Foram 1.232 ocorrências em 181 dias, o que equivale a cerca de seis golpes sendo aplicados diariamente na cidade.

Para enganar as pessoas e ter acesso a informações pessoais como nome completo, CPF, número de cartões de crédito e dados bancários, os golpistas lançam mão de sites, e-mails falsos, ligações e mensagens via WhatsApp. Só em maio, a Tribuna publicou três casos, que mostram diferentes “modus operandi”. O mais recente foi no dia 27 de maio, quando um idoso de 62 anos recebeu a ligação de uma mulher, que seria representante de uma instituição financeira e informava que ele teria direito a uma restituição. O homem, então, se dirigiu a uma agência bancária com a suspeita para fazer um saque, e foi informado que deveria fazer um empréstimo no banco para receber o dinheiro a que teria direito. O cunhado dele desconfiou da ação e acionou a PM, que prendeu a mulher.

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No dia anterior, um funcionário público, 39, já tinha tido um prejuízo de R$ 3.500 depois de ser vítima de outro golpe. Ele colocou o seu celular à venda em um site da internet e foi enganado por uma falsa compradora. Conforme a vítima relatou à PM, depois que colocou seu aparelho de celular à venda na internet, ele foi contactado por uma mulher, que mostrou interesse no telefone com a intenção de adquiri-lo. Segundo a vítima, após a negociação com a suposta compradora via WhatsApp, eles combinaram de se encontrar. No local, a suposta compradora mostrou para o funcionário público, no próprio celular dela, que havia realizado a transferência no valor de R$ 3.500 para a vítima como pagamento da negociação. Depois de receber o aparelho, a mulher foi embora, e ao conferir a transferência, a vítima percebeu que a transação não havia sido realizada. O caso dele foi encaminhado para a Polícia Civil.

Já no dia 4 de maio, uma outra idosa de 77 anos, moradora da região central, depositou cerca de R$ 12 mil para criminosos. A mulher relatou que recebeu mensagens via WhatsApp de alguém que utilizava foto e o nome de sua filha, que supostamente teria trocado de número. A pessoa solicitava a realização de transferências para que ela pudesse pagar contas, e a idosa realizou três movimentações. O caso também foi encaminhado para investigação.

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Necessidade de cuidados redobrados

A fim de evitar ser vítima de estelionato, a Polícia Civil orienta a população que é preciso redobrar cuidados no que se refere ao fornecimento de dados pessoais via telefone e internet. Segundo a instituição, logo ao receber uma ligação, a pessoa deve ficar atenta ao fornecer ou confirmar dados em geral. Além disso, é preciso atenção para e-mails ou mensagens que prometem absurdos – como curas para doenças, vacinas ou algum tipo de benefício -, pois apelar para a saúde das pessoas, em momentos de vulnerabilidade, é um golpe conhecido. As pessoas também devem baixar aplicativos de lojas oficiais, evitando sempre links diretos enviados por SMS ou disponibilizados em outros sites.

Ainda como orienta a polícia, é necessário ter cuidado com pedidos para preenchimento de formulários com dados pessoais, ter cuidado com documentos compartilhados por mensagens e, caso a pessoa desconfie que foi vítima de um golpe ou que teve o celular, a senha das redes sociais, e-mails ou qualquer outra senha comprometida, deve entrar em contato imediatamente com o seu banco.

Visando a conscientizar e orientar idosos e a população em geral sobre os riscos dos golpes à vida financeira dos idosos, a Agência de Proteção e Defesa do Consumidor de Juiz de Fora (Procon/JF), realizou, nesta semana, uma campanha educativa. Os vídeos estão disponíveis na página do YouTube do Procon JF.

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