Um advogado criminalista de 37 anos foi preso em Juiz de Fora, nesta quinta-feira (18), por suspeita de comandar um grupo criminoso responsável pela distribuição de drogas no município, além de Cataguases, Leopoldina e Ubá. O suspeito de tráfico não teve o nome divulgado pela polícia. Ele foi preso em casa, no Bairro Parque Independência, região Nordeste da cidade. Outro suspeito de integrar o grupo foi preso em Juiz de Fora, dois em Cataguases e um em Ubá. A operação, batizada de “Teia”, foi articulada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), composta por policiais federais, civis e militares de Belo Horizonte. O grupo criminoso já vinha sendo investigado há três meses, e o advogado criminalista de Juiz de Fora é apontado como o responsável por articular o recebimento e a distribuição de maconha e pasta base de cocaína, que vinham de São Paulo. Para a ação desta quinta-feira, foram expedidos 13 mandados de busca e apreensão e nove de prisão preventiva, mas apenas cinco suspeitos foram localizados.
Durante as investigações, a Polícia Federal realizou dois flagrantes em Juiz de Fora. No dia 15 de abril, cerca de 2 quilos de droga foram apreendidos em uma casa no Centro. Uma pessoa foi presa. Três dias depois, um carro com 18 quilos de maconha foi apreendido em um posto de combustível no km 81 da BR-267. Três pessoas foram presas na ocasião. A partir daí, foram identificados os integrantes do grupo, inclusive o advogado de Juiz de Fora, apontado como o cabeça da organização criminosa. Com ele, nesta quinta, ainda foi apreendido um revólver calibre 38. Conforme a polícia, ele atuava como advogado dos outros traficantes do grupo. Ainda segundo os policiais, o suspeito preso seria “muito atuante na área criminal em Juiz de Fora”, trabalhando em um escritório no Centro da cidade.
Ainda durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão em Juiz de Fora e nos outros dois municípios mineiros, dois carros e uma moto foram apreendidos. Um dos veículos seria do advogado. Todos os presos foram encaminhados para o Ceresp. O advogado responderá ainda pelo porte ilegal de arma de fogo. As investigações continuam para tentar chegar a outros integrantes do grupo criminoso.