Questões relacionadas a compra, armazenamento e distribuição dos medicamentos e insumos em Juiz de Fora foram discutidas em reunião entre a Comissão de Saúde da Câmara Municipal, composta pelos vereadores José Fiorilo (PDT), Antônio Aguiar (PMDB) e Wanderson Castelar (PT), os secretários de Saúde, Adilson Stolet, e de Fazenda, Fúlvio Albertoni, e a presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL), Rafaela Coury, realizada na manhã desta segunda-feira (18).
A comissão está elaborando um relatório que visa a elucidar os gargalos que levam à falta de medicamentos básicos e insumos nas unidades de saúde. Segundo Fiorilo, está sendo verificado se a UniHealth, empresa gestora da distribuição dos produtos, está cumprindo as cláusulas contratuais. “Se estiver tudo certo com a empresa, o problema provavelmente está no desabastecimento. As empresas vencedoras das licitações não estão fornecendo os produtos. Além disso, o Estado não entrega os medicamentos há quatro meses.” De acordo com Fiorilo, um relatório com 13 perguntas foi entregue aos secretários e, após as respostas, a Comissão irá dar um posicionamento final.
O secretário de Saúde defendeu que a logística de medicamentos seja integrada na nova licitação e que a compra, o armazenamento e a entrega sejam feitos por uma entidade sem fins lucrativos.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) esclareceu que as distribuições de medicamentos para Juiz de Fora estão regulares. “A contrapartida estadual é repassada em medicamentos, com entregas trimestrais. Diante disso, informamos que as duas últimas entregas de medicamentos básicos foram realizadas em fevereiro/2015 e maio/2015.” No entanto, a Secretaria de Saúde do município rebateu que os itens enviados em fevereiro são referentes a novembro do ano passado. Já a remessa que chegou na última quarta-feira foi a primeira do ano, referente a janeiro. A assessoria da pasta ainda enfatizou que, dos R$ 395 mil em medicamentos que deveriam ser fornecidos pela SES, somente foram entregues R$ 75 mil.