Juiz de Fora deu início, nesta segunda-feira (18), à 4ª Semana de Saúde Mental, realizada pela Secretaria de Saúde. Durante todo o dia foram montadas, no Parque Halfeld, barraquinhas com artesanatos feitos pelos usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Para resgatar a autoestima das pessoas que passaram anos em hospitais psiquiátricos, foi realizado um desfile de moda, em parceria com a Faculdade Estácio de Sá.
A iniciativa integra as ações do “Dia Nacional da Luta Antimanicomial”, comemorado ontem, cuja temática é “Trancar não é tratar: Juiz de Fora sem manicômios”. O assunto será abordado no seminário: “Desafios da clínica psicossocial e da garantia de direitos”, quinta-feira (21), às 15h, no auditório da Vigilância Sanitária, na Rua Antônio José Martins.
Para a chefe do Departamento de Saúde Mental, Andréia Stenner, o grande desafio da reforma psiquiatra é como a sociedade convive com as pessoas diferentes. “Não é uma situação de negar a diferença da loucura. A loucura existe, só que há possibilidades de tratamento. Quanto mais se restringe a liberdade destas pessoas, mais pioram os quadros, o adoecimento, enfraquecem os laços e a possibilidade de ela ter autonomia. Então, os longos anos de confinamento só pioram a situação.”
Entre os dias 20 e 31, no Fórum da Cultura, a mostra “De volta pra casa” contará, por meio de fotografias, a história dos manicômios, que se contrastam com a nova vida nas residências terapêuticas. A semana será encerrada com o tradicional torneio de futebol, sexta-feira, na UFJF.