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Bombeiros fazem alerta contra afogamentos durante a folia

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O Corpo de Bombeiros de Juiz de Fora aumenta o alerta para prevenir afogamentos no município e em mais 88 cidades da Zona da Mata neste período que antecede o carnaval e até os dias de folia, quando cresce a procura por piscinas, lagos, cachoeiras e balneários. Este ano, já foram registradas duas mortes, dois princípios de afogamento e um salvamento aquático. Em 2016, a corporação registrou 12 casos de afogamentos na região, além de quatro princípios de afogamentos e quatro salvamentos aquáticos. “Como ainda é um período muito quente, as pessoas ainda costumam tirar férias e procurar lugares para se refrescar. Nessa hora, é preciso estar atento para ações de prevenção. Normalmente, os banhistas não buscam informações sobre as condições do local onde vão nadar. É preciso saber se a água serve para banho, que tipo de risco o local oferece, como existência de pedra e lixo; correnteza e profundidade”, alerta a assessora de comunicação do Corpo de Bombeiros, tenente Priscila Adonay.

A militar lembra que as pessoas precisam levar em consideração os diferentes tipos de correntezas antes de entrar na água. “Tem diferença da margem para o centro e do fundo para a superfície. Às vezes, parece um ambiente tranquilo, mas não é. Como normalmente não dá para ver o fundo, não é possível saber o que será encontrado. Já atendi a uma ocorrência na qual a pessoa foi para o meio do rio, achando que estava raso, só que havia um buraco no fundo, onde ficou com o pé agarrado, e ela acabou se afogando”, relata Priscila.
Aquela recomendação dos pais para que os filhos não entrem na água depois do almoço, é importante para evitar acidentes. “Depois de se alimentar, é preciso evitar entrar na água, pois o corpo está processando os alimentos e os batimentos cardíacos diminuem, aparecendo o perigo de uma congestão. Assim, a pessoa passa mal e se afoga”, adverte.

Materiais usados para nadar devem ter certificados

Para nadar com segurança, é necessário usar materiais específicos e não improvisados. “Há pessoas que utilizam garrafas pet, e elas não servem para quem quer boiar. O ideal é usar boias certificadas e esquecer o uso de colchão inflável. Já atendi a uma ocorrência na qual a pessoa estava num desses colchões e dormiu. Houve uma marola, e o colchão virou, provocando seu afogamento. Nas piscinas públicas, por mais que sejam um ambiente controlado, tem que haver a presença guarda-vida. Outras recomendações é tomar cuidado com ralos e com a profundidade. Numa cachoeira, as pedras podem estar escorregadias, o que pode levar a tombos mais graves. No rio, há correnteza e, no lago, locais de acúmulo de materiais e risco de ficar atolado”, observa Priscila, ressaltando que, em Juiz de Fora, os cuidados devem ser redobrados nas cachoeiras Caracol e Santa Cruz e nas represas do São Pedro e João Penido. No Parque da Lajinha e no Campus da UFJF, a prática é proibida. Segundo Priscila Adonay, esses locais não são próprios para banho, mas as pessoas insistem em usá-los.

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Criança

Com as crianças, a cautela deve ser redobrada devido às brincadeiras. Para a tenente, o melhor é conversar e alertar, a fim de que os pequenos tenham a consciência do perigo e evitem ações que beiram acidentes. “O salto mortal na piscina é um exemplo, pois a criança pode bater a cabeça, ocasionando um acidente. É necessário incentivar a prevenção, inclusive, passar responsabilidade para ela, como pedir para ajudar a mãe a olhar o irmão mais novo. Isso já vai alertando a criança para o cuidado consigo”, aconselha.

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