A campanha nacional de vacinação contra o vírus Influenza será encerrada oficialmente nesta sexta-feira (17) em todo o país. Entretanto, segundo a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), o Município seguirá aplicando o imunizante enquanto houver disponibilidade de doses. Todas as pessoas a partir de seis meses de idade podem receber o imunizante em 35 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), no Departamento de Saúde do Idoso (DSI) e no Departamento de Saúde da Mulher, Gestante, Criança e Adolescente.
Até o momento, a aplicação da vacina alcançou 83% do público-alvo, cobertura que coloca Juiz de Fora abaixo da meta preconizada, que é alcançar 90% da população. “Contudo, a partir da notificação de casos em outras cidades, houve um aumento na procura pela vacinação”, aponta a Secretaria de Saúde (SS), lembrando os surtos de gripe ocorridos em outros municípios brasileiros.
A vacina oferecida é a trivalente, capaz de proteger contra os três principais tipos de vírus em circulação: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. A imunização previne complicações decorrentes da doença e óbitos, além de minimizar a carga viral, reduzindo os sintomas que podem ser confundidos com os da Covid-19.
Para receber a vacina, as pessoas devem apresentar um documento original com foto, como carteira de motorista ou documento de identidade. Não há mais contraindicações para o recebimento concomitante com as doses contra a Covid-19.
Um caso grave registrado
De acordo com a Secretaria de Saúde, a circulação do vírus Influenza A foi detectada em Juiz de Fora “a partir da vigilância laboratorial, ou seja, do monitoramento dos vírus respiratórios em circulação”. No caso deste vírus especificamente, apenas os casos graves – classificados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) -, têm notificação compulsória. Ainda conforme a pasta municipal, foi notificado apenas um caso de SRAG por Influenza no município.
Ao longo das últimas semanas, Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Salvador apresentaram aumento repentino de casos de Influenza entre os meses de novembro e dezembro. Nos estados do Amazonas e do Espírito Santo também foram notados números preocupantes de notificações. A capital mineira, Belo Horizonte, ainda não teve crescimento no quantitativo de casos ao ritmo das outras capitais da região Sudeste, mas está em estado de alerta pela tendência de aumento.
Os surtos têm preocupado especialmente as autoridades de saúde pela circulação do vírus H3N2, que escapa da vacina. A variante é chamada de Darwin, nome da cidade australiana onde ela foi registrada pela primeira vez. A Influenza apresenta índice de letalidade menor que o da Covid-19, mas também pode evoluir para casos graves.