A família da pequena Isabella, 6 anos, comemora mais um passo importante em seu tratamento contra a leucemia. Na última terça-feira (15), os pais da menina tiveram a confirmação da pega da medula após ela ter se submetido a transplante em 24 de novembro. Isso significa, de acordo com seu pai, Marco Antônio Picolli, que além de estar curada da doença, seu corpo produz sangue como uma pessoa saudável, com exames mostrando os índices necessários. O transplante foi feito após um doador compatível ter sido localizado nos Estados Unidos, por meio do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). A previsão é que ela recebesse alta do Hospital Samaritano, em São Paulo, ainda nesta quinta (17).
No entanto, a alta hospitalar não significa que ela poderá voltar a Juiz de Fora. Isso porque Isabella ainda precisa ser acompanhada diariamente pelos médicos por um período entre 60 e 90 dias. “Nós alugamos um apartamento em São Paulo para que ela possa fazer este controle diário”, explicou Marco Antônio. Conforme o pai, entre os procedimentos deste período está o da vacinação, já que ela precisa recuperar a imunidade contra doenças. “Com o transplante, ela perdeu todo o calendário de vacinação a que uma criança se submete. Então precisa começar do zero, gradativamente.” Por esta razão, Isabella precisa evitar ambientes fechados com grande aglomeração de pessoas, como shoppings e cinemas.
Facebook
Assim como o juiz-forano Paulinho, que passou pelo transplante no mês passado, o caso de Isabella ganhou visibilidade, principalmente, por causa das redes sociais. A página #umanjoparabella tem cerca de 6,5 mil usuários no Facebook. De acordo com o pai, apesar de ter vencido uma grande batalha, a conscientização precisa continuar sendo divulgada. “É muito importante que as pessoas se cadastrem para serem doadoras de medula óssea. É por causa deste ato que o doador foi encontrado em praticamente três meses. Também devem continuar as doações de sangue, que caem muito nesta época do ano. A própria Bella ainda faz transfusão de sangue e plaquetas, mas é importante reforçar isso para ajudar a todos que estão nesta situação.”
Doador anônimo
Pelas regras do Redome, o doador só pode ser conhecido daqui a dois anos, caso haja interesse de ambas as partes. “Não sabemos se é homem ou mulher. Hoje o único jeito de agradecer é por meio da nossa página, assim como fizemos. Fato é que eu e Ione (mãe da criança) estamos aliviados.”