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Santa Casa divulga registro de menor bebê já nascido no hospital

Katiana
Após seis meses, Ana Luiza recebeu alta no último domingo (15) (Foto: Arquivo Pessoal)
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Apenas 560 gramas. Este foi o peso registrado no nascimento da bebê Ana Luiza, em novembro de 2017, na Santa Casa de Misericórdia. A mãe Katiana Campos estava na 26ª semana de gestação quando o bebê nasceu. O caso, divulgado na última segunda-feira (16) pela Santa Casa de Juiz de Fora, é considerado o de bebê com menor peso já tratado pelo CTI da instituição.

Ao todo, foram seis meses de internação. Ana Luiza nasceu no dia 26 de novembro, mas só deixou o hospital no mês passado. Nesse tempo, a bebê precisou utilizar sonda para realizar a alimentação, fazer uso de droga vasoativa, que atua na pressão, e nutrição parenteral precoce, a fim de evitar a perda de peso e melhorar a resposta contra infecção.

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O processo de complicação do nascimento de Ana Luiza teve início do quarto para o quinto mês de gestação, quando a mãe, Katiana Campos, precisou ficar internada após possíveis indícios do nascimento precoce. Foi no sexto mês, três meses antes do habitual, que a mãe entrou em trabalho de parto, após os médicos alertarem que havia riscos de segurar a gestação por mais tempo.

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Tradicionalmente, a internação de recém-nascidos prematuros e de baixo peso é difícil, pois os órgãos do bebê ainda são imaturos, conforme explicou a pediatra e coordenadora do CTI Infantil da Santa Casa, Denise Rangel. Segundo ela, todos os procedimentos devem ser feitos gerando o mínimo de estresse possível. “Colocamos pano sobre a incubadora para ficar escuro, posicionamos o bebê, tudo para deixá-lo o mais próximo do ambiente uterino.”

Mas mesmo diante das dificuldades e ciente dos riscos que a vida da filha passava, Katiana Campos nunca desistiu de sonhar. “Eu podia visitá-la na CTI, mas não podia pegar no colo, colocar a mão, somente ver dentro da incubadora. Um processo que nenhuma mãe gosta de passar, uma expectativa, se vai dar certo ou não, os médicos falando que corria risco”, conta.

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Somente depois de três meses Katiana pôde abraçar e tocar sua filha. Um período atípico para quem sonhava que a gravidez seguiria as etapas tradicionais, quando a mãe pega o filho após o parto e, depois de 48 horas, já recebe alta médica.

Ana Luiza completará oito meses de vida no próximo dia 26 (Foto: Arquivo Pessoal)

“Foi um sofrimento, porque o risco era muito grande de não sobreviver. No começo foi muito difícil, quando ela nasceu , caberia na palma da minha mão, mas a cada dia que eu via ela desenvolvendo, sorrindo, era o que me dava esperança para continuar acreditando.

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Para a mãe, o apoio da equipe do hospital, a força e a esperança dos familiares foram essenciais na recuperação da filha. “Foi um apoio maravilhoso. Nesse momento que a gente vê o carinho da família com a gente, que nos ajuda a passar certas coisas. Não só deles, mas dos médicos, dos enfermeiros, todos os profissionais da Santa Casa, das mães que fazem amizade, é o que nos dá força pra acreditar.”

Para a mãe, o apoio da equipe do hospital  foi essencial na recuperação da filha (Foto: Arquivo Pessoal)

Outros casos na Santa Casa

Apesar de este ter sido o caso de menor peso tratado na unidade, crianças nascidas com 580 e 700 gramas também foram cuidadas pela Santa Casa neste período. Isso foi possível porque uma equipe médica do CTI Infantil passou por um curso específico de urgência e emergência neonatal e pediátrica no hospital Albert Einsten, em São Paulo. Em todos os casos atendidos, os bebês tiveram alta sem nenhum tipo de sequelas.

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