O pedido de prisão temporária do vigilante de 38 anos suspeito de ter assassinado a facadas a própria esposa, 37, foi indeferido pela Justiça, segundo informou a Polícia Civil nesta quarta-feira (17). De acordo com o delegado à frente do inquérito, Rodrigo Rolli, a Promotoria entrou em contato, afirmando ter encaminhado o parecer favorável ao Judiciário por volta das 18h30 de segunda-feira (15). No entanto, o mandado de prisão temporária solicitado pela Delegacia Especializada de Homicídios, com base no inquérito que apura o feminicídio, não foi concedido.
“No fim da tarde de terça, o Judiciário se manifestou no sentido negativo de conceder a prisão temporária do autor”, disse o delegado. O suspeito chegou a prestar depoimento à Polícia Civil na última segunda e, de acordo com Rolli, teria confessado o crime, que teria motivação passional. A vítima teria sido atacada dentro de casa com pelo menos oito facadas, no rosto, tórax e braço, na noite do dia 11, logo após o casal sair de uma confraternização e retornar para casa, no Marumbi, Zona Leste.
Apesar da confissão, a polícia liberou o suspeito após o interrogatório porque ele não estava mais em situação de flagrante. De acordo com o delegado, antes de prestar declarações, acompanhado de advogado, o vigilante teria ficado escondido em uma região de mata na cidade.
A investigação segue em andamento na Especializada de Homicídios. Rolli destacou que já havia medida protetiva feita pela vítima contra o marido em março. Entre as testemunhas arroladas no inquérito está o filho do casal, 15 anos, que teria presenciado o pai esfaquear a mãe e pedido ajuda a uma parente que mora no mesmo terreno. A vítima chegou a ser socorrida até o HPS, onde foi submetida a cirurgia, mas não resistiu.