A Comissão Parlamentar de Inquérito (CP) dos Ônibus instalada pela Câmara Municipal segue na etapa de depoimentos, última fase antes do relatório final. Nesta sexta-feira (17), novas testemunhas foram ouvidas. Entretanto, não foram divulgados detalhes das oitivas a fim de preservar informações. O objetivo é apurar possíveis irregularidades no cumprimento dos contratos de prestação de serviço público por parte das concessionárias que operam o transporte coletivo urbano da cidade. A fase de oitivas de técnicos, empresários e demais envolvidos ocorre após o trabalho de campo, iniciado em abril. Após esta etapa, relatório deverá ser encaminhado ao Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado e ao Executivo.
Instalada em 22 de novembro de 2018, a CPI teria duração de 90 dias, prazo que expiraria em 20 de fevereiro. No entanto, houve prorrogação do prazo por mais 60 dias e, depois, por outros 60. O presidente da comissão, vereador Adriano Miranda (PHS), explicou como necessária a prorrogação para elaboração do relatório final. Também participam do colegiado os vereadores Cido Reis (PSB), Carlos Alberto (Casal, PTB), José Márcio (Garotinho, PV) e Wanderson Castelar (PT).
Além da visita às garagens das empresas, os integrantes da comissão realizaram diligências em vários bairros da cidade, com o objetivo de verificar a situação dos veículos bem como dos locais utilizados para o embarque de passageiros. Foram constatadas irregularidades como falta de bancos acolchoados, problemas na higienização do cinto de segurança do assento para cadeirantes, vidros sujos, uso de pneu dianteiro recapado, ambos itens mínimos de exigência previstos em licitação.
Os contratos foram assinados em 2016, quando os consórcios Manchester e Via JF começaram a operar o sistema de transporte coletivo em Juiz de Fora em modelo de concessão pública.