Os motoristas e cobradores do transporte público de Juiz de Fora decidiram entrar em greve a partir da 0h da próxima quarta-feira (21). A decisão foi tomada em reunião da categoria nesta sexta-feira (16) e divulgada em edital publicado pelo Sinttro (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte e Trânsito) na manhã deste sábado. Segundo o assessor de comunicação do sindicato, Eraldo Sales, a categoria está confiante de que os patrões chegarão a consenso com a classe trabalhadora, porém, caso isso não seja efetivado, a greve começará no primeiro turno da próxima quarta.
O histórico das negociações da classe junto aos patrões começou na quinta (8), por intermédio do Ministério do Trabalho, quando três propostas foram definidas: uma dos trabalhadores, uma dos empresários e uma intermediária sugerida pelo ministério. Em assembleia na última segunda (12), os trabalhadores acolheram apenas a proposta do sindicato que foi levada novamente aos empresários, sob aviso de que se não fossem acatados os pedidos, os trabalhadores abririam edital de greve. Na última quinta (15), houve uma abertura dos empresários para que houvesse nova rodada de negociação, devido a isso, a greve, que estaria pré agendada para esta segunda (19), foi adiada para a quarta.
Apesar de os trabalhadores terem recebido uma contra-proposta, avançando em direção ao acordo, a categoria não se sente completamente satisfeita. Dessa forma, eles continuarão no foco de deflagrar a greve de acordo com os prazos legais, e afirmam estarem preocupados com a população de Juiz de Fora, e, dessa forma, estão avisando com antecedência. “Os ônibus não vão sair das garagens. O que a gente quer é poder avisar à população para não pegar ninguém de surpresa. Vamos panfletar nos pontos e também colocar na televisão para que todos sejam informados previamente”, declara o assessor do Sinttro, Eraldo Sales.
Dentre as principais reivindicações, a categoria pede o reajuste salarial de 2% para ser contado a partir de primeiro de fevereiro deste ano, além de 1% de ganho real mais a variação do INPC. Também reivindicam aumento no ticket alimentação de R$330 até julho e R$350 a partir de julho e a manutenção das demais cláusulas existentes no Acordo Coletivo de 2017.