O desaparecimento de um adolescente de 16 anos foi comunicado à Polícia Militar na noite desta quinta-feira (16) em Juiz de Fora. O pai dele, 41, registrou a ocorrência após encontrar o quarto do filho revirado e com várias marcas de sangue pelo chão e pelas paredes. A família é moradora da Rua Abílio José Gomes, na Vila Ozanan, próximo à Vila Olavo Costa. Ao chegar em casa por volta das 19h, o morador reparou que o relógio de energia elétrica da residência estava desligado. As manchas de sangue também estavam presentes na cozinha. Conforme a PM, a impressão era de que o imóvel havia sido palco de uma luta corporal, pois até a cama do jovem estava quebrada, assim como uma mesa de computador.
O pai ainda deu falta de vários objetos de valor, como televisor de 42 polegadas, vídeo game, aparelho de DVD, celular do filho e o colchão da cama dele, além de dois pares de tênis do adolescente. O morador apontou um parente, 50, como suspeito, acreditando que ele poderia ter cometido uma tentativa de homicídio contra a vítima. A hipótese foi levantada porque os dois envolvidos teriam tido uma discussão no dia 15, na qual o rapaz teria sido ameaçado de morte. O motivo seria uma suposta invasão do adolescente e de amigos na casa do suspeito. A PM localizou o homem, e ele negou qualquer participação do desaparecimento do jovem.
Questionado pela polícia, o suspeito confirmou ter discutido com o adolescente, mas negou ter feito ameaças de morte, alegando que ele é quem teria sido ameaçado de receber um tiro. O homem acrescentou que havia conversado com o rapaz para alertá-lo, porque constantemente o via na presença de jovens conhecidos no bairro pelo envolvimento em crimes. Ainda conforme o relato dele, o adolescente não teria gostado da conversa e ficado nervoso, fazendo ameaças de morte. O suspeito disse também já ter visto o desaparecido portando arma de fogo. Ele afirmou que havia saído de casa às 9h para ir visitar o pai doente em Petrópolis (RJ) e retornado às 19h do mesmo dia. A viagem foi confirmada por um parente do suspeito.
A perícia da Polícia Civil realizou levantamentos no local, mas não foram constatadas marcas de arrombamento em portas ou janelas da casa. O adolescente não foi localizado, e o caso foi encaminhado para investigação na Polícia Civil.