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Liraa de 6,8% indica risco de epidemia em JF

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Atualizada às 20h28

Com um índice de 6,8% de infestação do Aedes aegypti, a Secretaria de Saúde está preocupada com uma possível epidemia de dengue na cidade. O Ministério da Saúde preconiza que os índices satisfatórios sejam de até 1%. Durante o Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa), divulgado nesta terça-feira (17), foram vistoriados 5.937 imóveis em 201 bairros, entre os dias 2 e 12 de março. Os mais infestados foram o Borboleta, na Cidade Alta, com 33 focos, o Monte Castelo, Zona Norte, com 21 focos, e o Distrito Industrial, também na Zona Norte, e Alto Vila Ideal, região Sudeste, ambas com 11 focos cada.

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Segundo a subsecretária de Vigilância em Saúde, Magda Ferreira, equipes de endemias já estão atuando nessas localidades para evitar que os focos se alastrem. No Liraa realizado em janeiro, foram encontrados focos do mosquito em 4,16% dos imóveis. “Com o período de estiagem, as pessoas relaxaram no combate ao mosquito.” Em janeiro do ano passado, quando Juiz de Fora passou por um período chuvoso, o Liraa foi de 7,1%.

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Para o levantamento, a cidade é dividida em 13 estratos. No estrato que inclui bairros das regiões Centro, Norte e Oeste, o índice de infestação chegou a 14,5% (ver quadro). “Muitas pessoas começaram a armazenar água, mas se esqueceram de cobrir os recipientes, principalmente em canteiros de obras. Isso ajudou no alto índice”, conta a subsecretária.
Até o momento, a cidade registrou 68 notificações da doença, sendo 45 confirmadas e 12 descartadas. As demais aguardam resultados. Magda mostra-se preocupada com a subnotificação da dengue. “Muitas pessoas não estão procurando as unidades de saúde. Quando aparecem os sintomas, elas se automedicam. Para nós, é importante a notificação para que possamos realizar o bloqueio dos focos. Além disso, a automedicação é perigosa, já que os sintomas da doença são semelhantes ao da febre chikungunya.”

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Para combater o mosquito, a Secretaria de Saúde deu início, no último sábado, aos mutirões de limpeza. Na região central, onde ocorreu o primeiro, foram recolhidas 15 toneladas de lixo da dengue em 19 bairros. No próximo sábado, o mutirão irá percorrer 23 bairros da Zona Norte, que vão da Barreira do Triunfo a Santa Amélia.

Para a campanha de combate ao mosquito deste ano, a novidade são os materiais que serão disponibilizados em braile, para a população com deficiência visual. “Nossos agentes também começarão a ser treinados em libras. Não queremos deixar ninguém de fora da conscientização.”

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Demissões
O processo de substituição dos agentes de endemias contratados pelos aprovados em concurso público, iniciado neste mês, tem sido alvo de questionamentos. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (Sinserpu-JF), Amarildo Romanazzi, a forma como a Prefeitura realizou as exonerações foi “injusta”. “O Município não comunicou previamente aos funcionários sobre as demissões. Além disso, estão substituindo pessoas capacitadas por inexperientes, colocando em risco a sociedade. A substituição deveria ser realizada gradativamente, após treinamento dos novos agentes.”

A Secretaria de Saúde informou que está em processo de desligamento dos agentes contratados e de nomeação dos concursados. “O número total de agentes atualmente é de 162. E não haverá redução do número de profissionais, garantindo assim que a cidade não seja desassistida”, afirma, por meio de nota.

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