Ícone do site Tribuna de Minas

Projeto promove encontro de idosos com cães

Celina Júlia Gonçalo posa com o cão Frederico (Foto: Marcelo Ribeiro)
Celina Júlia Gonçalo posa com o cão Frederico (Foto: Marcelo Ribeiro)
PUBLICIDADE

Além de melhores amigos do homem, na Fundação João de Freitas, os cães assumiram outro papel: terapeutas. Pesquisas de terapias de envelhecimento apontam que animais de estimação afetam o humor. Esses estudos apontam que as mudanças hormonais ocorrem naturalmente quando os seres humanos interagem com cães e podem ajudar a lidar melhor com a depressão e com o estresse. Na tentativa de melhorar a qualidade de vida dos idosos da fundação, o projeto “Amor não tem raça” levou os cães Frederico, Estrela e Fadinha, que aguardam adoção, para passar uma tarde com os assistidos. A ação é uma parceria entre o Departamento de Controle Animal do Demlurb e o Shopping Alameda.

Pela primeira vez, uma ação como essa é realizada pelo projeto. Layla Campos, gerente de marketing do Alameda, disse que a iniciativa partiu do grande impacto da campanha de adoção quando vários animais ganharam novos lares. Além disso, no Natal de 2016, a fundação já havia sido protagonista da campanha “Amor não tem raça” e, pela receptividade na época, foi promovida nesta sexta-feira (17) uma tarde diferente. Naquela ocasião, porém, não houve interação entre cães e idosos. “Pretendemos ampliar a iniciativa já que muitos relembraram quando tiveram animais de estimação”, ressalta Layla.

Linemar Áglio demonstrou muita felicidade ao brincar com o animal (Foto: Marcelo Ribeiro)

Com brilho dos olhos, Linemar Áglio, 81 anos, e, há cinco morando na Fundação João de Freitas, no Bairro São Mateus, ela afirma que a surpresa foi agradável. “Na minha antiga casa, meus cachorrinhos eram tratados como crianças. Na atividade de hoje, eu fiquei feliz, pois o projeto trouxe à minha memória lembranças lindas com meus animais. Por mim, eles podem voltar sempre que quiserem”, diz, sorridente. A experiência também foi aprovada pela moradora Celina Júlia Gonçalo, 69 anos.

PUBLICIDADE

Pensar na reciprocidade da troca de experiências e mostrar que qualquer pessoa pode ter um animal em casa é a intenção do Departamento de Controle Animal do Demlurb, como informou a gerente, Miriam Néder. “Para os idosos, eles são uma companhia e levam muito carinho. Adotar nossos animais é um ato de ternura. A contrapartida é receber amor”, lembra Miriam, afirmando que muitos animais que aguardam adoção foram abandonados e rejeitados pelos antigos donos. Atualmente, há aproximadamente 500 cachorros aguardando adoção no Canil Municipal.

Amor foi o que sentiu Maria das Graças Oliveira, 67, com a visita na João de Freitas. Ela, que já conviveu com cachorro na infância, pois morava em uma fazenda, disse que os animais mudaram a rotina da fundação e trouxeram alegria à rotina do local.

Para a presidente da Fundação, Ana Maria Riberto, o resultado foi excelente. Apesar de o local não permitir abrigar animais de estimação, poder trazer, ainda que de forma breve, os três cães levou para a unidade muitos sorridos. “Inicialmente pensei que eles ficariam receosos, no entanto, a receptividade foi muito melhor que imaginávamos. Os três animais trouxeram aos idosos a memória afetiva e a recordação de suas casas e famílias”, conclui.

PUBLICIDADE

 

Projeto

PUBLICIDADE

O “Amor não tem raça” nasceu da demanda de promover a adoção consciente no Canil Municipal, com as campanhas de adoção que já eram promovidas pelo Shopping Alameda, para evidenciar que, não importa se o animal tem raça ou não, ele pode levar alegria a qualquer lar e a qualquer pessoa.

 

Sair da versão mobile