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Motim deixa feridos na Penitenciária José Edson Cavalieri

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Atualizada às 15h20

Um motim foi registrado na tarde desta segunda (16) dentro da Penitenciária José Edson Cavalieri (PJEC), no Bairro Linhares, Zona Leste de Juiz de Fora. Conforme boletim de ocorrência elaborado pela Polícia Militar, a situação acabou deixando 12 detentos lesionados, e aconteceu no mesmo horário que um tumulto no Ceresp, que feriu sete presos. Os militares foram acionados por volta de 11h,  após agentes penitenciários encontrarem materiais ilícitos nas celas. A Secretaria de Administração Prisional (Seap) informou que o fato é um episódio isolado e que não tem ligação com facções criminosas que vêm orquestrando ações em outros presídios.

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De acordo com o boletim de ocorrência, quando os agentes penitenciários deram início às buscas, os presos ficaram insatisfeitos e iniciaram um motim. A Seap informou que “alguns presos promoveram uma agitação”, que começou às 7h. Para controlar o tumulto, o Grupo de Intervenções Rápidas da PJEC precisou usar arma com munição de borracha e granada de luz e som. Conforme o registro policial, dos 12 detentos que acabaram feridos na intervenção, sete deles, com idades entre 22 e 38 anos, precisaram ser levados para o Hospital de Pronto Socorro (HPS). A Secretaria de Saúde informou que todos eles foram avaliados pela equipe médica e liberados em seguida.

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A Seap confirmou a ida de sete presos ao HPS e afirmou que eles passaram por exame de corpo de delito nesta terça-feira e já voltaram para a unidade prisional. Durante buscas no presídio, encerradas às 11h, os agentes localizaram em uma das celas 26 buchas de maconha, três celulares, oito carregadores de celular e dois cabos USB. Em outra cela, os militares apreenderam dois celulares, dois cabos USB e duas baterias. Em uma terceira cela, foram encontrados quatro celulares e três carregadores.  A Seap esclareceu que a direção da unidade abriu uma investigação preliminar interna para apurar se houve ilícito administrativo no caso e afirmou que a unidade segue sua rotina hoje.

Os tumultos registrados nas duas unidades prisionais da cidade preocupam familiares de presos e ocorrem no momento em que o sistema prisional do Brasil vive uma crise, que já deixou mais de cem mortos em massacres nos estados do Amazonas e de Roraima, no Norte do país. Na noite de ontem, foi iniciada a primeira rebelião em Minas Gerais, na cadeia de Ribeirão das Neves. Presos divulgaram vídeos onde ameaçam matar caso o diretor da unidade não saia do cargo.

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Demissão de agentes penitenciários preocupa Câmara Municipal

A comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal de Juiz de Fora encaminhou uma representação ao Governador do Estado de Minas Gerais, Fernando Pimentel, solicitando esclarecimentos sobre a rescisão contratual de cerca de 50 agentes penitenciários da cidade. De acordo com o documento da Câmara, o contrato administrativo foi rescindido no início de janeiro, sem a prévia comunicação de no mínimo 30 dias.

Na justificativa, a comissão citou os últimos fatos ocorridos no país, especificamente a rebelião na penitenciária do Estado do Amazonas, onde 56 presos foram mortos. A comissão cita que o assunto é de grande relevância, podendo afetar a segurança pública da cidade. O documento foi apresentado pelos membros da comissão de vereadores formada por sargento Mello Casal (PTB), Charlles Evangelista (PP) e Wanderson Castelar (PT).

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