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Chuvas não alteram nível de mananciais

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O acumulado significativo de chuvas no fim de semana não foi suficiente para alterar a situação dos mananciais que abastecem Juiz de Fora. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no sábado e no domingo o volume de precipitações somou 42,4 milímetros, elevando para 76,7 milímetros o índice observado em todo o mês de dezembro. No entanto, este resultado, embora parcial, está aquém do esperado para todo o período, que são 327,1 milímetros, conforme a média histórica dos últimos 30 anos do Inmet. Nas represas, o percentual de água armazenada não sofreu alterações, embora a Cesama evidencie que, por outro lado, também não ocorreram mais perdas do recurso. Com isso, João Penido, que abastece metade da cidade, permanece com 29% da capacidade de guardar água, e Chapéu D’Uvas está com 40%. A exceção está em São Pedro, onde o lago acumula 2% a mais de água e está em 69%. No entanto, por ser pequena, ela só abastece 8% do município, que na prática significa parte da Cidade Alta.

Justamente pela atipicidade do volume de chuvas observado este ano, e pela necessidade de recuperar as represas para o próximo período de estiagem, a partir de abril, a Cesama decidiu prorrogar o rodízio do abastecimento até o fim de janeiro. Mesmo assim, na semana passada foi informado que, mesmo que chova dentro do esperado nos próximos meses, João Penido chegará em março com 67% da capacidade, quando deveria estar quase completa. A solução para 2015 passa pela utilização plena de Chapéu D’Uvas, que ainda opera com menos da metade de sua capacidade em razão das obras de ampliação da estação de tratamento que a atende, previstas para terminar somente no primeiro semestre.

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Segundo o Inmet, não deve chover nos próximos dias em Juiz de Fora, e nova instabilidade deve chegar à região apenas na sexta-feira, permanecendo durante a semana do Natal. A chuva também não causou impacto em número de ocorrências na Defesa Civil. Conforme a assessoria de comunicação, foram quatro atendimentos, mas nenhum considerado de destaque.

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Falta de água

Durante o rodízio há algumas denúncias de falta d’água. No Santa Paula, região Leste, por exemplo, a diarista Eliana de Souza, 45 anos, denuncia que ela e mais nove vizinhos ficam até três dias sem abastecimento. “O ano todo não cai água durante o dia, porque a parte da Rua Serra Verde, onde vivo, é muito íngreme. Só cai água entre meia-noite e 5h. Com este racionamento, que na minha região é na sexta, eu já fico desabastecida a partir de quinta, e só volta na madrugada de sábado para domingo. Já gastei R$ 200 só em água mineral para beber.”

Outro caso está no Condomínio Belo Vale 2, no Barbosa Lage, Zona Norte. O morador, que prefere não ser identificado, denuncia que mesmo fora dos dias de rodízio a água chega ao prédio com pouca pressão e, por isso, não consegue abastecer a caixa. “Estamos há quatro dias sem água, e temos um bebê de oito meses em casa.” Conforme a assessoria de comunicação da Cesama, a Caixa Econômica Federal e a empreiteira responsável foram comunicadas sobre problema interno, já que, até a porta do condomínio a companhia entrega água com a pressão determinada pelos órgãos reguladores. Com relação a Santa Paula, a Cesama garante que a falta de água ocorreu no fim da última semana porque a estação de tratamento que atende aquela região entrou em manutenção.

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