O recorde de dia mais quente em sete anos, alcançado na última segunda-feira (13), foi superado nesta quinta (16) em Juiz de Fora. A máxima, apontada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foi de 35,8 graus aferidos no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde ficam os aparelhos do 5º Distrito. A temperatura supera os 35,2 graus aferidos pela mesma estação meteorológica no início da semana.
Os dias de temperaturas extremas são fruto de uma onda de calor que atinge diversas regiões de Minas Gerais desde o último domingo (12). Um alerta do Inmet, publicado nesta quinta-feira, aponta para temperaturas até 5 graus acima da média pelo menos até sábado (18). Somado a esse aviso, o Instituto também publicou alerta para baixos índices de umidade, inferiores a 30%, nos horários mais quentes do dia.
A onda de calor deve começar a enfraquecer no próximo domingo (19), com redução das temperaturas máximas, e se encerra definitivamente na segunda-feira (20). A partir de segunda, pancadas de chuva são esperadas em todo estado de Minas Gerais.
Chuva para Zona da Mata
A disponibilidade de umidade em níveis médios da atmosfera, aliada à configuração dos ventos, favorece a formação de temporais de forma isolada principalmente na Zona da Mata, incluindo Juiz de Fora. Para sexta-feira (17), a previsão é de céu claro a parcialmente nublado, com névoa seca à tarde e pancadas de chuva e trovoadas no fim do dia. A temperatura máxima pode chegar a 35 graus, e a mínima não passa de 20.
Tempestade causa estragos em Juiz de Fora
A cidade também está sob alerta de temporal, com chuva entre 20 a 30 milímetros por hora, acompanhada de descargas elétricas e rajadas de vento. O aviso, publicado nesta quinta, é válido até a noite de sexta-feira (17). Nesta quinta, uma forte chuva atingiu Juiz de Fora e causou estragos em diversas regiões. A pancada aliviou o calor. Segundo o Inmet, após a precipitação a temperatura saltou de 33,2 graus para 22 em apenas uma hora.
Segundo a Defesa Civil, que usa dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o maior volume de chuva foi registrado no Bairro Santa Efigênia, com 33,58 milímetros em uma hora. Os ventos, segundo a pasta, atingiram 69 km/h. No total, a Defesa Civil foi acionada para 11 ocorrências até as 17h de quinta-feira, entre destelhamentos e queda de árvores. Os bairros atingidos foram: Ipiranga, Jardim Natal, Borboleta, Bairu, Santa Cecília, Santa Luzia, Santa Rita de Cássia e Arco Íris.
Os bombeiros também foram acionados para queda de árvores nos bairros Graminha, Progresso, Aeroporto, São Pedro, Santa Cecília, Sagrado Coração de Jesus e Jardim Natal. Na Estrada União e Indústria, altura do km 184, a corporação informou que foi chamada para o corte de uma árvores de cerca de 8 metros que caiu parcialmente em via pública. No Bairro Santa Cecília, a árvore caiu na Rua Santa Amélia, próximo ao número 210, e obstruiu a passagem da via. O detalhamento das ocorrências nos demais bairros não foi repassado pelos bombeiros.
Falta de luz
A chuva forte causou interrupção de energia em alguns pontos da cidade, conforme a Cemig. Os ventos fizeram com que objetos, telhas e galhos de árvores fossem arremessados contra os fios da rede elétrica, causando o desligamento do sistema em algumas localidades. A reportagem recebeu relatos de falta de luz em bairros como São Pedro, Parque Jardim da Serra e Bandeirantes. De acordo com a companhia, cerca de cem profissionais foram às ruas atuar no restabelecimento da energia no menor tempo possível para os clientes afetados. O número de clientes sem energia elétrica e os bairros atingidos não foram informados.