O refresco na temperatura no último domingo (15), quando a mínima registrada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) chegou a 16 graus, com máxima de 22,8 graus, não deve durar muito. A massa de ar frio que passou pelo litoral no último final de semana não foi suficiente para provocar a ocorrência da chuva esperada no domingo.
“Foi uma situação bem passageira. O que temos é a possibilidade de chuva nessa terça-feira (16), com tendência de céu parcialmente nublado e claro, com pancadas de chuva isoladas. Como essa situação também não é abrangente, as ocorrências podem ser pontuais”, explica o meteorologista Luiz Ladeia, do 5º Distrito de Meteorologia do Inmet. Nessa terça-feira, o encontro de uma frente fria vinda do oceano com o ar quente e úmido concentrado no Sudeste gera a intensificação de áreas de instabilidade, que podem causar chuvas isoladas em forma de pancadas.
As chuvas significativas só devem acontecer de maneira consolidada a partir do dia 20 de outubro. “Nesta quarta-feira (18), as possibilidades aumentam, mas na quinta-feira (19), elas voltam a se afastar, porque essas condições também serão passageiras. Então, a partir da quarta-feira (18), as temperaturas devem voltar a aumentar. Elas devem variar entre 18 e 32 graus, com umidade relativa do ar em 90% pela manhã e chegando a 35% durante a tarde. A temperatura mínima registrada nesta segunda-feira foi de 14,9 graus, e a máxima pode chegar a 24.
Vigilância sobre os mananciais do município
De acordo com a Cesama, a situação dos reservatórios ainda não representa preocupação. Atualmente, a Represa de São Pedro conta com 31,1% da capacidade, João Penido, com 42,6%, e Chapéu D’Uvas com 64,3%. “Ainda estamos entrando no período chuvoso. Os principais institutos de meteorologia do país trabalham com a possibilidade de chuva para a cidade a partir da próxima semana, então, por enquanto, estamos trabalhando com tudo dentro do padrão”, detalha o diretor técnico operacional da companhia, Márcio Augusto Pessoa Azevedo.
Por conta do tamanho e do volume baixo do reservatório de São Pedro, o abastecimento foi reforçado. “Com o nível que a represa tem agora, ela não consegue abastecer toda a Cidade Alta. Acionamos o bombeamento de água do sistema integrado que fornece água para toda a cidade e diminuímos o volume retirado de São Pedro, até para que ela se recupere”, acrescenta Márcio.
A situação dos dois outros mananciais é de tranquilidade. Eles permanecem com a capacidade considerada normal para o período. “Não esperamos dificuldades para esse ano, até porque o tempo já está dando sinais de mudança.”