Na manhã desta quinta-feira (16) foi deflagrada, em Juiz de Fora, a Operação Ábaco, ação contra organização criminosa suspeita dos crimes de extorsão e agiotagem no estado do Rio de Janeiro. A iniciativa partiu da Polícia Civil do Rio e teve o apoio da Polícia Civil de Minas Gerais, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão nas zonas Sul e Norte do município.
A Operação Ábaco acontece nos estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Ceará e Espírito Santo, além de Minas Gerais. No total, 65 mandados de prisão preventiva e 63 de busca e apreensão são cumpridos. De acordo com a Polícia Civil fluminense, 34 pessoas foram presas até o momento.
A corporação ainda revelou que, em janeiro, o líder da organização criminosa foi preso em Belo Horizonte, enquanto outros nove integrantes da quadrilha foram presos em diferentes cidades do Rio de Janeiro. Segundo a polícia, três deles possuíam mais de 15 mandados de prisão cada um.
As investigações ainda apontaram que a quadrilha chegou a manter 70 escritórios em diversas cidades do Brasil. Além da prática dos empréstimos a juros abusivos, a organização criminosa também fazia vítimas cobrando dívidas antigas contraídas com agiotas membros do esquema, mas que já tinham sido quitadas, segundo a Polícia Civil.
A suspeita é de que os bandidos também praticavam extorsões cobrando dívidas de empréstimos que nunca existiram. As investigações apontam que a organização utilizava sites de consulta, onde obtinha dados pessoais de parentes e vizinhos e, em seguida, ameaçava as vítimas para induzir ao pagamento das supostas dívidas.
Segundo o delegado Samuel Neri, da Polícia Civil, prisões e outras diligências serão realizadas em Juiz de Fora durante o dia. “A Polícia Civil continua com o compromisso de prestar apoio em ações integradas com as demais instituições de outros estados”, afirma o delegado.