A Casa de Cidadania e Acolhimento da Prefeitura de Juiz de Fora, localizada na Alameda Ilva Melo Reis, Bairro Jardim Esperança, Zona Sudeste, foi alvo de furto. A ação criminosa foi registrada pela Polícia Militar na noite de domingo (15). De acordo com a PM, foram levados cartões de passe e também bancários, inclusive com senhas, e mais de R$3 mil em espécie. Uma jovem de 22 anos, assistida da unidade, que confessou o crime após ser presa. Ela teria usado parte do dinheiro para fazer lanche, comprar drogas e usá-las com colegas em um hotel no Centro da cidade. Outra mulher e um homem também foram detidos. A Casa da Cidadania é uma unidade da assistência social do município que atende, em tempo integral, adultos que precisam de acompanhamento por razões de saúde ou outras especificidades.
De acordo com informações do registro policial, a corporação foi acionada depois que uma representante legal da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra), responsável pela administração da unidade, viu que a porta de acesso ao escritório havia sido arrombada. A solicitante informou que, no momento do furto, as luzes do local foram todas desligadas. Segundo o registro policial, teriam sido levados 44 cartões de passe livre, outros cartões bancários com senhas e ainda R$3.138 em espécie. Informações que chegaram aos militares apontaram que a suspeita de 22 anos teria fugido em um táxi logo após o crime.
Presa em flagrante
Após denúncias, os militares conseguiram localizar a jovem em um hotel no Centro de Juiz de Fora. Ela estava hospedada em um quarto com outras duas pessoas, um homem de 27 e uma mulher de 31 anos. O documento policial aponta que a assistida confessou o furto aos militares. Segundo a PM, a moça disse que estava na Casa de Acolhimento quando teria comentado com outra pessoa que “estava pensando em entrar no escritório e levar todo o dinheiro”, sendo incentivada e apoiada por esta pessoa.
Ela contou que arrombou a primeira porta de entrada com um empurrão e, em seguida, avistou um pote escrito”chaves”. De posse do objeto, ela conseguiu entrar no escritório e ainda abrir, com uma tesoura, o armário onde estavam os cartões e o dinheiro. A suspeita contou que logo depois do crime trancou a porta do escritório novamente e jogou a chave fora por uma janela.
Após o furto, a jovem disse que foi para uma lanchonete no Bairro Jardim Esperança, Zona Sudeste. No local, ela teria gasto R$ 20, mas disse ter dado a atendente R$ 150, como forma de gratificação. Em seguida, contou ter entrado em um táxi e seguido até o Bairro Vitorino Braga, região Leste, onde comprou R$ 400 em pedras de crack. A suspeita do furto ainda convidou outra mulher e um homem para irem usar os entorpecentes no hotel. O trio seguiu para o Centro de táxi.
Outros envolvidos
Os militares encontraram no hotel R$ 579 em espécie, sendo que R$300 estavam em um buraco no colchão da cama. No quarto, a PM também encontrou um cartão de benefício de prestação continuada, três pedras de crack, sete maços de cigarro e um celular.
O homem que estava no quarto, conforme o registro da PM, afirmou ter encontrado as duas jovens na Praça do Vitorino Braga e as chamado para um programa sexual, e que ambas aceitaram. No momento da abordagem, ele estava com R$ 220 e teria negado a participação no crime. A outra suspeita negou que estaria no local para um programa sexual, mas disse que o homem havia dado a ela R$ 50, que foi entregue aos policiais. O trio foi preso e levado para a delegacia.
A Secretaria de Desenvolvimento Social informou que a equipe da Casa de Acolhimento já tomou as providências cabíveis referentes ao furto, como bloqueio dos cartões de auxílio dos usuários. A unidade de acolhimento está funcionando normalmente e as áreas danificadas já foram reparadas. A pasta afirmou que a suspeita de 22 anos havia dado entrada na unidade na última sexta-feira (13), para tratamentos relacionados a álcool e drogas.