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Estudantes protestam contra demissão de professores na Universo

manifestação destacada
manifestação interna
Alunos da Universidade Salgado de Oliveira fecharam uma das faixas da Avenida dos Andradas durante protesto no início da noite de terça (Foto: Carolina Leonel)
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Centenas de estudantes da Universidade Salgado de Oliveira (Universo Juiz de Fora) protestaram, na noite desta terça-feira (16), contra a demissão de dezenas de professores. A mobilização espontânea aconteceu um dia após vir a público que mais de 50% do corpo docente da faculdade seria dispensado do quadro de funcionários. À Tribuna, a coordenadora-geral do Sindicato dos Professores, Maria Lúcia Lacerda, afirmou que o percentual representa cerca de 70 professores.

Por meio de nota encaminhada à Tribuna, a Universo justificou a medida e informou que está passando por uma reestruturação. “Algumas mudanças foram necessárias para que continuemos a levar ensino superior de qualidade para todos os nossos alunos, que é nosso maior compromisso. Garantimos que nenhum aluno será prejudicado nesse processo”, assinalou o texto.

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Apesar disso, no ato, discursos de alunos refutaram a justificativa. “Sem dúvida alguma esse corte de professores irá prejudicar também o ensino e os alunos. Possivelmente irão contratar profissionais que não serão tão qualificados quanto os que aqui estão e irão pagar uma hora mais baixa, e isso irá contribuir para que caia a qualidade de ensino, porque, sem tirar mérito de possíveis novos profissionais, a instituição não vai contratar professores que tenham a mesma estrutura docência dos que já trabalham aqui há mais de dez anos”, avaliou o bacharel em Direito Fellipe Barra. Ele se graduou há dois anos, e pretendia, ainda esse ano, voltar à instituição para cursar pós-graduação. Entretanto, com a demissão de mais da metade do corpo docente, disse que está reavaliando a decisão.

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Uma estudante do 6º período do curso de Direito, que prefere ter sua identidade preservada, afirmou que está indignada com a situação. Ela contou que ao se matricular na unidade levou em consideração, principalmente, a qualificação dos professores. “Estou aqui porque defendo a qualidade de ensino e o respeito aos professores. Foi uma covardia o que a instituição fez com eles e com os alunos. A gestão aguardou a rematrícula dos estudantes para depois anunciar esse corte”, disse. A estudante afirmou que pretende se desligar da instituição se a decisão se mantiver.

O movimento também contou com a presença de representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE/UFJF). No ato, intervenções de outros acadêmicos lembraram que a Universo é referência na cidade, devido ao trabalho dos professores que, em conjunto com a comunidade estudantil, conquistaram nota máxima na avaliação de cursos de graduação da da universidade, pelo Ministério da Educação (MEC).

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Também apoiaram a manifestação representantes do Sinpro. O intuito da entidade é, ao longo da semana, organizar, dar suporte e orientar a categoria, além de articular medidas jurídicas.

Passeata na Andradas

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Segundo a organização, cerca de 300 manifestantes participaram do protesto. Eles se reuniram em frente a instituição, na Avenida dos Andradas, onde interditaram a via em frente por cerca de 15 minutos. Em seguida, o grupo desceu a Avenida dos Andradas, em direção ao Largo do Riachuelo, segurando cartazes. Um deles exibia os dizeres ‘educação não é comércio’. Com a manifestação, o trânsito, na faixa sentido Centro ficou comprometido.

Por volta de 19h30, os manifestantes se dispersaram e o trânsito passou a fluir normalmente. A Polícia Militar não fez estimativa dos número de participantes. Um novo ato está previsto para a próxima quinta-feira (18), a partir das 17h30. A concentração será na Universo, mas os estudantes pretendem sair às ruas.

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