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Divórcios disparam em Juiz de Fora desde a pandemia

casamentos e divórcios
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Os divórcios judiciais dispararam em Juiz de Fora desde a pandemia, em 2020, totalizando 1.328 em 2023, conforme o levantamento Estatísticas do Registro Civil, divulgado nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número é o maior dos últimos 20 anos, segundo a série histórica, e 14% superior ao total de 2022, quando foram registradas 1.160 separações pela Justiça. Na contramão desse crescimento, os casamentos caíram 1,9% no comparativo entre os dois anos: houve 2.663 uniões civis em 2023 na cidade, contra 2.715 em 2022.

Apesar da ligeira queda, os casamentos no município sempre mantiveram a média acima de dois mil nas últimas duas décadas, com exceção de 2020, quando houve declínio para 1.868 matrimônios, atribuído ao período pandêmico. A cidade ocupa a quarta posição no ranking mineiro em quantidade de uniões civis em 2023, atrás de Contagem (3.399), Uberlândia (3.744) e Belo Horizonte (12.561). Já no país, está em 44º lugar entre os 5.570 municípios.

Em relação aos divórcios judiciais, Juiz de Fora está em 33º posição no país e em quarta no estado, precedida por Uberlândia (1.569), Contagem (1.725) e Belo Horizonte (6.454). Já as separações extrajudiciais também cresceram em 2023, somando 185, contra 170 no anterior, mas ficaram abaixo de 2020 e 2021, quando houve 208 casos em cada período.

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Casamentos caem e divórcios aumentam também no país

A dinâmica observada em Juiz de Fora também segue no país: “Depois de um ligeiro aumento registrado nos anos seguintes à pandemia de Covid-19, o número de casamentos voltou a cair no Brasil, uma tendência que vinha sendo registrada desde 2016 e que é relacionada à liberalização dos costumes e à maior independência das mulheres”, pontua a Agência Estado. Houve 940 mil registros de casamentos civis em 2023, 3% a menos em relação ao ano anterior.

Os divórcios cresceram 4,9% entre 2022 e 2023 no Brasil, chegando a 440,8 mil, enquanto o tempo médio de duração dos casamentos reduziu de 16 anos, em 2010, para 13,8, em 2023. Outro ponto destacado foi o padrão de guarda dos filhos definido no divórcio. A guarda compartilhada entre os pais era de 7,5% em 2014 e saltou para 42,3% em 2023.

Brasil registrou mais de 10 mil uniões homoafetivas em 2023 (Foto: Antonio Cruz/ Abr)

Uniões homoafetivas

Do total de casamentos no país, 11,2 mil uniões foram entre pessoas do mesmo sexo, 1,6% a mais do que nos 12 meses anteriores, com destaque para a relação entre mulheres, que aumentou 5,9% em 2023, com sete mil registros. Segundo a Agência Brasil, o número é o maior da série histórica do IBGE sobre uniões homoafetivas, iniciada em 2013. O recorde anterior era de 2022, com 6,6 mil matrimônios femininos. Entre os homens, houve recuo de 4,9% em 2023, com 4.175 casamentos. O IBGE não leva em conta casos de união estável. Os dados foram coletados em quase 20 mil cartórios e varas judiciais espalhados pelo país.

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