Uma parceria para criar motores híbridos de aeronaves foi estabelecida pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), da Força Aérea Brasileira FAB. O acordo, iniciado em abril, foi firmado por cinco anos e visa a levar sustentabilidade, economia e tecnologia para a aeronáutica brasileira, otimizando o consumo do combustível por meio do uso de eletricidade.
Batizado de “Estudo e Pesquisa de Sistemas de Propulsão Híbrido-Elétricos para Aeronaves e Planejamento para Criação de Laboratórios Afins”, o projeto tem como principais objetivos, segundo a UFJF: o intercâmbio de informações técnicas e científicas; a capacitação e a formação de recursos humanos, em ambas as instituições; o desenvolvimento conjunto de programas computacionais; e a troca de experiências e informações envolvendo ensaios de motores aeronáuticos (por parte do IAE) e elétricos (UFJF), seus diversos subsistemas e bancadas de testes.
As atividades previstas serão conduzidas pelo Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt) da UFJF, com suporte dos departamentos de energia elétrica, engenharia mecânica e engenharia mecânica aplicada e computacional, além dos programas de pós-graduação em modelagem computacional e em engenharia elétrica. Já por parte do IAE há colaboração da Subdivisão de Propulsão Aeronáutica e da Divisão de Materiais, especificamente do Laboratório de Caracterização Físico-Química.
Motores híbridos: da terra para o céu
De acordo com o professor do curso de engenharia elétrica e diretor do Grupo de Conversão Eletromecânica de Energia da UFJF, Manuel Arturo Rendón, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) tem o desejo de transformar a realidade na aeronáutica brasileira. “No Brasil, e no mundo, já existem veículos terrestres que funcionam com motores híbridos e 100% elétricos também.”
Rendón foi quem conduziu as discussões com o gerente de pesquisa do IAE, Marcelo Assato, para a criação do projeto.