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Números indicam aumento de juiz-foranos nas ruas

onibus by fernando priamo
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Movimento de usuários nos ônibus coletivos é termômetro para Prefeitura medir adesão ao distanciamento (Foto: Fernando Priamo)
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O prefeito Antônio Almas (PSDB) afirmou, na última segunda-feira, que o Município monitora a adesão dos cidadãos às recomendações de que, sempre que possível, permaneçam em suas casas para minimizar o avanço da pandemia da Covid-19. Almas tem sido um ferrenho defensor do isolamento social como única forma de enfrentar a disseminação do coronavírus e já admitiu que estuda a possibilidade de adotar a aplicação de multas para aqueles que desrespeitarem limitações impostas por decretos municipais. Para a decisão por uma medida mais restritiva, porém, a Prefeitura tenta monitorar o movimento de pessoas na cidade e uma das ferramentas usadas para tal mensuração é o fluxo de usuários no transporte coletivo urbano da cidade, que chegou a sofrer redução de mais de 70% em relação à última semana antes da edição dos decretos que visam a evitar aglomerações em Juiz de Fora.

O primeiro decreto determinando medidas restritivas editado pela Prefeitura foi conhecido no dia 16 de março, que foi seguido de outros três publicados em dias subsequentes. Os dispositivos resultaram na suspensão de aulas de rede públicas e proibição de realização de eventos, aglomerações e de uma série de atividades comerciais. No mesmo período, o Estado também determinou restrições. De imediato, as ações tiveram efeito na redução do número de usuários dos ônibus do transporte público juiz-forano. Já na primeira semana da adoção das medidas, a utilização dos coletivos caiu 40%.

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Conforme dados obtidos pela Tribuna, na semana imediatamente anterior aos decretos, de segunda (9 de março) a sexta-feira (13 de março), a rede computou 1.671.445 usuários. Ao longo da semana em que os dispositivos foram sendo publicados, o número de bilhetes utilizados caiu para 990.473 entre segunda e sexta, 16 e 20 de março. A partir daí, as medidas de isolamento social ganharam a discussão pública, com maior efeito de conscientização. Assim, o número de usuários no sistema de transporte público juiz-forano caiu ainda mais entre a segunda-feira, dia 23 de março, e sexta, dia 27, computando 436.403 bilhetes utilizados, redução de 74% em relação à semana que antecedeu a publicação dos decretos municipais e estaduais.

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Após a queda no fluxo de pessoas no transporte coletivo ter atingido seu ápice entre os dias 23 e 27 de março, os números apontam um ligeiro crescimento nas semanas subsequentes. Entre 30 de março (segunda) e 3 de abril (sexta), o sistema computou 486.347 usuários, aumento de 11,5% em relação à semana anterior e queda de 71% em relação ao período que antecedeu a adoção das medidas de fomento ao isolamento social.

Exatamente no dia 5 de abril, a Tribuna destacou em sua manchete que “apesar de recomendação de isolamento social, cresce movimentação nas ruas”. A matéria apontou a sensação geral de que algumas pessoas estariam flexibilizando as recomendações de isolamento social, observando que a concentração de pessoas nas ruas parecia crescer de forma gradativa.

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Aumento de fluxo de pessoas chega a 33%

Entre segunda e sexta-feira da semana passada – dias 6 e 10 de abril -, a possível flexibilização por parte dos juiz-foranos parece ter estagnado. Ao menos, no que diz respeito aos números absolutos registrados no sistema de transporte coletivo urbano de Juiz de Fora. No período, foram computados 482.349 usuários, queda de apenas 1% em relação à semana anterior e de 71% em relação ao período que antecedeu os decretos de fomento ao isolamento social.

Os números, todavia, podem mostrar uma outra tendência quando contextualizado. Isto porque, na sexta-feira passada, dia 10 de abril, incidiu o feriado da Sexta-feira Santa, o que puxou o número de bilhetes utilizados no período para baixo. Para efeitos de comparação, na sexta-feira dia 27 de março, que integra o período em que o registro do fluxo de pessoas nos ônibus juiz-foranos foi o mais baixo desde a adoção das medidas restritivas, o número de bilhetes utilizados foi de 88.883. Na Sexta-feira Santa, este número foi de apenas 40.658.
Quando se observa os dias isolados, a tendência de crescimento fica mais clara Pegando como referência as quartas-feiras, por exemplo, é possível verificar uma curva de crescimento após uma baixa considerável nas duas primeiras semanas após a adoção das medidas restritivas. No dia 11 de março, antes portanto das edições dos decretos, foram computados 336.990 usuários.

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O número de bilhetes utilizados caiu para 206.093 em 18 de março, queda de 39% em relação anterior. Em 18 de março, nova queda, agora de 79% em relação ao registrado sete dias antes, chegando a 84.002. A partir daí, os dados apontam uma trajetória ascendente. Em 1º de abril, foram computados 97.667 usuários, de 16% em relação à semana anterior. Já na quarta, dia 8 de abril, o número de passagens chegou a 112.152, 14% em relação ao dia 1º e de 33% em relação ao dia 25 de março, na semana em que foi computada o menor número de usuários no sistema desde que as recomendações de isolamento social passaram a ser adotadas.

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