O julgamento dos quatro acusados de matar a pedradas João Celestino da Silva Filho, em 2013, foi realizado, na tarde desta quinta-feira (16), no Tribunal do Júri do Fórum Benjamin Colucci, quando também se encerrou a participação da Comarca de Juiz de Fora na Semana Nacional do Júri. Até as 21h, a sentença dos quatro autores ainda não havia sido definida, já que o julgamento ainda corria e não tinha hora prevista para acabar.
Sobre o caso julgado, o corpo da vítima, de 35 anos, foi localizado no terreno de um cemitério no Bairro Centenário, Zona Nordeste, apresentando afundamento da face e ferimentos na nuca provocados por pedradas. Ao lado dele, os policiais acharam uma pedra grande que teria sido utilizada nos golpes.
De acordo com o processo, o crime foi motivado por uma dívida de drogas que a vítima tinha com o réu Wignton Fábio Silva. Os demais acusados, Iverson Lourenço Oliveira Santos, Eraldo Adriano Almeida e Fábio Bellozi Mota teriam participado do homicídio, que ocorreu no local onde o corpo foi encontrado. Conforme o processo, os acusados usaram de meio cruel e de métodos que impossibilitaram a defesa da vítima.
Na justiça mineira, foram agendados 176 júris em 68 municípios. O objetivo foi concentrar, em uma semana, o julgamento do maior número possível de casos de crimes dolosos contra a vida. A iniciativa é do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Estratégia Nacional de Segurança Pública (Enasp). Em Juiz de Fora, além do julgamento desta quinta, foram realizadas mais duas sessões referentes a crimes de tentativa de homicídio. No primeiro deles, na terça-feira, o réu foi absolvido. Já na quarta-feira, o réu foi condenado a cumprir três anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto por ter se envolvido em uma tentativa de homicídio no Bairro Progresso em setembro de 2014.