A Justiça decretou as prisões preventivas dos dois jovens, de 20 e 21 anos, suspeitos de terem assassinado com golpes de tijolo, pedra e machado o advogado e policial militar reformado Carlos de Oliveira Barros, de 75 anos, e jogado o corpo dele no Rio Paraibuna. A informação foi divulgada, nesta sexta-feira (16), pelo delegado Luciano Vidal, por meio da assessoria de comunicação da Polícia Civil. Na quinta (15), o inquérito policial que investigava a morte do advogado, cujo cadáver ainda não foi encontrado, foi concluído, sendo os suspeitos indiciados por quatro crimes pela execução do idoso. A pena da dupla pode chegar a 39 anos de reclusão. Eles já estavam presos temporariamente no Ceresp e, com a conversão em prisão preventiva, permanecem na unidade prisional.
A investigação apontou que, na verdade, o advogado foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte). No início da apuração, pensava-se que a vítima teria ido ao Parque das Torres, onde foi foi assassinada, por livre vontade, mas novos elementos mostraram que Carlos de Oliveira foi atraído até o local por um dos suspeitos. Com o avançar do inquérito, também foi atestada a participação no crime de um adolescente, 17, e da mãe do suspeito de 20 anos.
As investigações confirmaram ainda que o suspeito mais novo tinha uma dívida de R$ 300 com o policial militar reformado, referente a honorários advocatícios, conforme a polícia já havia divulgado. Porém, conforme apurou o delegado Luciano Vidal, o mesmo suspeito de 20 anos ainda teria uma dívida com outro homem, que seria traficante do Parque das Torres, e estaria sendo ameaçado por ele. Ao contrário da hipótese inicial de que o idoso foi morto porque teria ido ao bairro cobrar a dívida de R$ 300 do suspeito, as investigações concluíram que foi o próprio suspeito quem atraiu a vítima até o Parque das Torres, dizendo que pagaria a dívida referente aos honorários. A intenção era roubar o advogado e depois matá-lo.