O 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mantém o alerta para mais chuvas fortes nesta quarta-feira (17) em Juiz de Fora e toda a Zona da Mata. Assim como foi observado nesta terça, as precipitações deverão vir acompanhadas de fortes rajadas de ventos e trovoadas. Na tarde desta terça (16), durante tempestade com acumulado de 14,4 milímetros, os raios novamente chamaram atenção, resultando em flagrante do editor de fotografia da Tribuna, Roberto Fulgêncio. No momento, por volta das 15h, as rajadas de ventos no município alcançaram 51 quilômetros por hora. Apesar disso, a Defesa Civil registrou apenas três ocorrências, nenhuma considerada de destaque. Em 24 horas, a partir do início da noite de segunda-feira, foram 14 chamados.
Durante a tempestade, telhas metálicas de uma edificação caíram sobre a rede elétrica e chamou a atenção de quem passava pela Rua Padre Guilherme, no Bairro de Lourdes, Zona Sudeste. Até a publicação desta reportagem, os Bombeiros atendiam ocorrências desta natureza por toda a cidade. Quedas de árvores também foram registradas.
As pancadas de chuvas são resultado da atuação de áreas de instabilidade na região Sudeste do país. Este fenômeno climatológico, no entanto, não deverá deixar os dias mais frios. Nesta quarta, os termômetros deverão oscilar de 18 a 31 graus, próximo ao que foi registrado nesta terça: mínima de 18,5 e máxima de 30,4 graus.
Até o início da noite desta terça, havia chovido na cidade, em fevereiro, acumulado de 78,1 milímetros, o que corresponde a 35,9% do esperado para todo mês, que são 217,4 milímetros. Apenas esta semana foram 56,5 milímetros, mas os pluviômetros do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), espalhados por toda a cidade, registraram índices ainda mais significativos durante o período, principalmente na Zona Norte. Foram 89 milímetros no Milho Branco, 86 no Nova Era e 78 no São Judas Tadeu.
Represas
Tal acumulado tem contribuído para a recuperação dos mananciais que abastecem Juiz de Fora. A Represa João Penido atingiu, nesta quarta, 91,7% de sua capacidade de armazenar água. Este patamar não era atingido pelo menos há três anos. São Pedro chegou a 95,9% e Chapéu D`Uvas, 72,6%. Vale considerar que, no caso desta última represa, ela é 11 vezes maior que João Penido e, por isso, sua recuperação é mais lenta. Além disso, por ter a função de regular o nível do Rio Paraibuna, não pode ficar completamente cheia.