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Polícia apresenta suspeito de matar criança de 1 ano e 10 meses

Suspeito foi apresentado na Delegacia de Santa Terezinha( Foto: Leonardo Costa 16-01-2017)
Suspeito foi apresentado na Delegacia de Santa Terezinha( Foto: Leonardo Costa 16-01-2017)
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A Polícia Civil apresentou, na manhã desta segunda-feira (16), o homem de 24 anos suspeito de matar e estuprar Lady Dayane da Silva Otaviano, de 1 ano e 10 meses. O suspeito, que era guardião da criança, está no Ceresp desde a última sexta (13), quando foi preso em flagrante ainda no Instituto Médico Legal (IML), enquanto aguardava a liberação do corpo da menina. O titular da Delegacia Especializada de Homicídios, Rodrigo Rolli, afirmou que o preso confessou o crime com frieza e que agora vai investigar se mais alguém participou da morte. O exame de necropsia apontou que Lady Dayane morreu em decorrência de hemorragia aguda grave causada por politraumatismo, possivelmente em decorrência de espancamento. Foram constatadas lesões nos órgãos da menina, principalmente no fígado, que foi dilacerado, e no pulmão esquerdo, perfurado por uma costela que foi quebrada. Ela ainda teve o intestino estourado por conta do abuso sexual.

Lady Dayane é irmã da garota de 2 anos assassinada pelo padrasto em 2015 e estava sob os cuidados de um casal de parentes. A mãe das vítimas também chegou a ser acusada da morte da menina mais velha, Luana Silva da Rocha, mas foi absolvida. Na época, ela e o companheiro haviam sido presos em flagrante durante o velório da criança. Por este motivo, a guarda de Lady estava com o suspeito e sua esposa, que é prima da mãe das garotas, desde dezembro de 2015, após ela ficar por sete meses em um abrigo.

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De acordo com o delegado, o homem primeiro alegou que a criança, que deu entrada na unidade médica já sem vida e machucada, teria caído de uma rampa em um barranco no dia 2 de janeiro e que estava tendo uma crise asmática. “O médico legista acionou a Delegacia de Homicídios depois de examinar o corpo da menina. As lesões que ela tinha eram incompatíveis com a queda. Além disto, o aspecto delas era de lesões recentes, ainda estavam roxas”, comentou. Conforme o delegado, o suspeito disse que “apenas deu tapas fortes na região da barriga. Porém, as lesões foram causadas por espancamento, que pode ser por soco, chute, paulada ou outro instrumento. Ela tinha diversas lesões na região anal, houve abuso sexual recente”, acrescentou Rolli.

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O titular da Especializada afirmou que fará a reconstituição da suposta queda narrada pelo guardião da menina e que irá ouvir diversas pessoas. “Agora iremos montar o histórico recente dessa criança, saber se ela já vinha sendo agredida e abusada. Vamos ouvir vizinhos, parentes e outras pessoas para efetivar melhor esta situação”, comentou. A princípio, a mulher que tinha a guarda da garota não tem participação no crime, mas a polícia vai apurar se houve omissão da parte dela.

Frieza ao confessar o crime
De acordo com o inspetor Anderson Gibi, que fez a prisão em flagrante do homem, ele deu detalhes do crime e em nenhum momento demonstrou arrependimento. Anderson foi também quem prendeu o padrasto da irmã de Lady e sua mãe, no velório da menina, em maio de 2015. O homem preso no primeiro crime, condenado a mais de 20 anos de prisão, é pai da Lady Dayane. “Tenho 23 anos de polícia e realmente essas situações nos deixam transtornados, são casos muito complexos. É preciso ter muita calma para apurar tudo”, disse.

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Em entrevista hoje, o homem preso disse que “perdeu a cabeça” e que estava em surto. Ele afirmou que deu três tapas muito fortes na região do abdômen da menina. Sobre o abuso sexual, ele se negou a dar detalhes e disse que se a perícia comprovou “estava comprovado”. Ele segue preso no Ceresp e deve ser indiciado por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável.

 

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