Atualizada às 19h26
Dois homens foram assassinados com vários tiros em Juiz de Fora entre a noite de quinta-feira e a madrugada desta sexta (16). Os crimes violentos aconteceram em um intervalo de menos de dez horas em regiões diferentes. O primeiro caso foi registrado por volta das 18h na Rua José Roque de Souza, próximo ao entroncamento com a Rua Natalino José de Paula, entre os bairros JK e Parque Jardim Burnier, Zona Sudeste. Segundo a Polícia Militar, Valeriano Laurindo de Abreu, 32 anos, foi alvejado com seis tiros, sendo um frontal no peito e outros cinco que teriam sido disparados pelas costas: dois na região do tórax, dois no braço direito e um na coxa do mesmo lado. Os tiros seriam provenientes de pistola calibre 380.
O óbito foi confirmado por uma equipe do Samu. Após os trabalhos de perícia da Polícia Civil, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). Militares buscaram informações sobre a autoria do crime, mas apenas um morador relatou ter ouvido disparos por volta das 16h30. A motivação do homicídio não foi esclarecida, e ninguém foi preso.
Já por volta das 2h30 desta sexta, um jovem, 22, foi assassinado em um escadão no Bairro Esplanada, Zona Norte. Conforme a PM, Alexsandro Dornelas Soares foi morto com quatro tiros na Rua Professor Walquírio Seixas de Faria. O irmão dele estava em casa, quando foi informado por populares sobre o crime envolvendo a vítima. Moradores disseram à PM que apenas ouviram quatro disparos, mas não visualizaram o atirador e nem escutaram barulho de moto ou carro.
Peritos estiveram no local, e o corpo foi levado para necropsia no IML. O irmão de Alexsandro ainda disse aos militares que a vítima possuía uma motocicleta Honda Fan CG 125 roxa, que ela usava para ir e voltar do trabalho. O veículo não foi encontrado próximo ao corpo e nem na garagem onde era guardado. Nenhum suspeito foi encontrado. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Oito homicídios em 16 dias
Com esses dois casos, chega a oito o número de homicídios nos primeiros 16 dias do ano. Apesar de ainda estarmos no começo de 2015, a situação preocupa, já que a média é de um morto a cada dois dias. Em entrevista à Tribuna na quinta-feira, o chefe do 4ª Departamento de Polícia Civil, José Walter da Mota Matos, e a delegada Regional, Sheila Oliveira, falaram sobre a necessidade de reestruturar a corporação para combater a criminalidade violenta no município, principalmente os assassinatos. Atualmente o déficit é de 226 policiais civis na cidade, e a expectativa é de que parte da demanda possa ser suprida com o concurso em andamento para investigadores, já que cerca de mil alunos estão em treinamento na Acadepol.