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Cidade completa dez dias sem chuva

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Juiz de Fora completou nesta sexta-feira (16) dez dias seguidos sem chuvas. A situação é completamente atípica, sobretudo porque o mês de janeiro é, historicamente, o segundo do ano em acúmulo de precipitações, perdendo apenas para dezembro. O veranico, como são conhecido longos períodos de estiagem em meses de instabilidade, é causado por uma forte massa de ar seco e quente. Ela afasta as chuvas, impede a formação de nuvens carregadas e ainda causa baixa umidade do ar. Segundo o 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a condição deve permanecer inalterada neste fim de semana. Os termômetros devem oscilar entre 19 e 32 graus, sendo que nesta sexta a mínima foi de 20,2 graus, enquanto a máxima atingiu os 31 graus.

A estiagem reflete diretamente nos mananciais de abastecimento do município. Conforme o diretor-presidente da Cesama, André Borges de Souza, a realidade atual pode fazer com que a companhia estenda o rodízio para o mês de fevereiro. Isso, porém, vai depender de uma reunião técnica que ainda será marcada.

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Segundo André, a preocupação maior está em João Penido, que atualmente opera com 32% de sua capacidade de armazenar recurso. Em anos normais, ela estaria cheia e até eliminando água. A recém-inaugurada Chapéu D’Uvas está com 41% e, embora seja 11 vezes maior que João Penido, ainda está com menos da metade de sua capacidade em razão das obras de ampliação da estação de tratamento que a atende, na Zona Norte. São Pedro, que oferta água somente para 8% da população, o que representa parte da Cidade Alta, está com 92%, e o manancial de passagem Ribeirão Espírito Santo está com volume considerado satisfatório.

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Até esta sexta, o Inmet havia registrado acumulado de 47 milímetros na cidade, o que representa 15,7% dos 299,8 milímetros esperados pela média histórica.

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