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Polícia apresenta três suspeitos de seis crimes contra a vida

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Policiais civil, comandados pelo delegado Rodrigo Rolli (à direita na foto), apresentaram os três homens presos
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A Polícia Civil apresentou nesta sexta-feira (15) três jovens, com idades entre 20 e 24 anos, suspeitos de envolvimento em um homicídio e cinco tentativas de assassinato ocorridos desde 2015 em Juiz de Fora. Um dos casos aconteceu no dia 9 de abril deste ano no Bairro Retiro, Zona Sudeste, e causou comoção porque a vítima era um menino de apenas 4 anos, baleado na perna quando estava no colo da mãe, na Rua Irmã Emerenciana.

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Segundo o titular da Delegacia Especializada de Homicídios e responsável pelo caso, Rodrigo Rolli, o alvo dos atiradores seria um tio da criança. O crime teria sido motivado por disputa entre gangues rivais ligadas ao tráfico. O suspeito de pilotar a moto no momento da ação criminosa, 23, já estava preso no Ceresp por outro crime contra a vida. Ele será indiciado por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e sem chance de defesa da vítima e também por corrupção de menores, porque o atirador levado por ele na garupa era adolescente na época. O delegado ainda vai pedir o acautelamento do comparsa na conclusão do inquérito.

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Já outro jovem, 20, é suspeito de envolvimento em duas tentativas de assassinato. Uma delas deixou duas vítimas feridas em 14 de fevereiro do ano passado no Vitorino Braga, Zona Sudeste, quando dois homens, de 28 e 48 anos, foram baleados. Já em 22 de novembro de 2015, outro desafeto, 26, foi alvo de tiros no São Benedito. “Todos os crimes estão ligados ao tráfico de drogas. Ele estava foragido e foi preso por mandado referente ao crime de 2015, mas já foi indiciado pelo do ano passado”, explicou Rolli. Um cúmplice, 26, também está capturado.

O terceiro rapaz, 24, foi condenado a 26 anos de reclusão pelo homicídio de Guilherme Rodrigo da Silva, 25, morto com pelo menos quatro disparos em 4 de fevereiro de 2016 no Bairro Vila Montanhesa, próximo ao Grama, na Zona Nordeste. No entanto, conforme Rolli, ele estava foragido e foi preso em agosto. A polícia também aponta a participação dele em outras duas tentativas. Em 9 de abril de 2016 ele teria tentado matar a tiros dois homens, de 26 e 34 anos, no São Benedito. Já em 21 de fevereiro do mesmo ano, teria atirado contra um jovem, 18, na Vila Montanhesa. “Este último caso já vai a Júri Popular. Foram três crimes em dois meses”, analisou o delegado. O comparsa, 21, já estava detido.

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“Todos esses crimes têm como pano de fundo o tráfico de drogas, a disputa por pontos e dívidas. Dois autores estavam foragidos e são recorrentes em condutas delituosas. Algumas investigações já estão no Fórum. Os demais inquéritos estamos terminando para apresentar ao Judiciário”, concluiu.

Redução de crimes

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Ainda durante entrevista coletiva na manhã desta sexta, Rolli apresentou um balanço dos trabalhos da Delegacia Especializada de Homicídios de janeiro a agosto. Segundo ele, foram instaurados 85 inquéritos de homicídios, contra 91 no mesmo período de 2016, representando uma redução de 7%. Já de acordo com levantamentos da Tribuna, que leva em conta cada vítima em ocorrência de duplo assassinato e também o crime de latrocínio (roubo seguido de morte), foram 94 mortes violentas até agosto. A mesma estatística apontou 104 óbitos nos oito primeiros meses do ano passado, chegando a uma redução ainda maior, superior a 10%.

Em 2017 houve outros cem procedimentos relacionados a tentativas de assassinatos, enquanto no ano passado haviam sido abertos 136 inquéritos. Neste caso, a redução alcançou 26,5%. Para Rolli, o fato de os crimes consumados terem caído menos que os tentados pode ser explicado pelas armas mais letais usadas atualmente, como as pistolas ponto 40 e 9mm. “Cada vez mais os autores de crimes desta natureza têm utilizado armamentos pesados. São armas muitas mais lesivas do que aquelas utilizadas no passado, como revólveres 22, 32 e 38. Não significa que não matavam, mas essas pistolas têm potencial ofensivo muito maior. As lesões causadas no organismo são de difícil contenção ou reversão, e as vítimas acabam indo a óbito.”
O delegado acrescentou que até agosto a especializada chegou à autoria de 144 inquéritos, representando um índice de apuração de 78%.

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