Ícone do site Tribuna de Minas

Polícia Civil irá investigar morte da cadela Amora

Cadela Amora 2
Cadela Amora
Paula ao lado da cadela Amora (Foto: arquivo pessoal)
PUBLICIDADE

 

A Polícia Civil irá apurar se houve tortura ou se a morte da cadela Amora, encontrada no último sábado (12), debaixo do viaduto do Bairro de Lourdes, Zona Sudeste, pode ter sido causada por um acidente. Esta hipótese, no entanto, é pouco provável, já que a cachorra da raça chow chow teve os olhos furados, o rabo cortado e um pedaço de pau enfiado no corpo. A delegada que cuida do caso, Larissa Mascote, aguarda ainda o laudo pericial, conforme informou a assessoria de comunicação da Polícia Civil, que solicita que denúncias para auxiliar a investigação devem ser feitas ao Núcleo de Atendimento às Ocorrências de Maus-Tratos e Animais, localizado em Santa Terezinha, no prédio anexo à delegacia; ou pelo telefone 181.

PUBLICIDADE

Tão logo Amora desapareceu, uma campanha para encontrá-la ganhou as redes sociais por iniciativa de pessoas ligadas à proteção animal, que agora querem justiça por meio da identificação e punição dos responsáveis pela morte da cadela, caso seja comprovado o crime. A mobilização no Facebook ainda pede que os usuários troquem suas fotos do perfil pela imagem da cadela. A ideia é não deixar que o caso fique impune e lembrar de outros episódios de violência contra animais.

PUBLICIDADE

A cachorra fugiu da casa de sua dona na sexta-feira (11), por volta das 13h, no Bairro Santa Terezinha. De acordo com a proprietária, Paula Furtado de Mendonça, de 42 anos, o portão dos fundos da residência, que está em obra, ficou aberto para o serviço dos pedreiros, favorecendo a fuga do animal. “Meus sobrinhos foram atrás dela, porque eu estava trabalhando, mas não conseguiram trazê-la de volta. Ela foi correndo pela Avenida Brasil até perder de vista. Quando cheguei, também comecei a procurá-la junto com meus familiares. Foram quatro carros para poder encontrá-la. Como minha sobrinha postou no Face, as pessoas começaram a mostrar locais por onde ela passou”, conta Paula.

A última notícia que recebeu na sexta-feira era de que Amora teria sido vista no Bairro Poço Rico, sendo perseguida por dois carros. Paula se dirigiu para lá, mas não obteve sucesso. “Continuei procurando e, numa loja, um rapaz me disse que viu umas pessoas correndo atrás de um cão, mas sem carro. Voltei para casa por volta das 22h, mas retornei as buscas no sábado, quando uma irmã de uma amiga mandou mensagem dizendo que tinha visto um cão parecido com a Amora com um rapaz alto, negro. Ele segurava um chow chow muito agitado e que não parecia ser dele”, relatou. Diante da informação, Paula foi para o Bairro de Lourdes e, numa agropecuária, o funcionário informou que tinha visto um cachorro chow chow sendo agredido na linha do trem. “Nos deslocamos para o local. A Amora fugiu com um colar, pois estava fazendo um tratamento contra dermatite. Na passarela de acesso ao Furtado de Menezes, tem um buraco no muro, e meu irmão passou por ele e viu que tinha o corpo de um chow chow. Ele disse que era ela, mas eu não queria acreditar. Eu passei a mão na patinha dela e fui procurando a dermatite até consegui confirmar. Ela já estava sem o colar e muito machucada.” Paula recolheu o corpo da cadela e o sepultou.

PUBLICIDADE

Segundo ela, o diretor da Aliança Juizforana pela Defesa dos Animais (Ajuda), Átila Torquato, entrou em contato e ofereceu ajuda, e o corpo de Amora foi desenterrado para a realização de exames. Paula também recebeu apoio de outros grupos de proteção de animal. “O Átila esteve no local depois para fazer fotos. Fizeram de tudo para descobrir o responsável por essa barbaridade. Ele me falou que ela foi muito espancada e torturada. Ela era muito arisca e uma pessoa só não daria conta. Acho que como não conseguiram prendê-la, começaram a dar pauladas até desmontá-la”, afirmou.

Dócil

A cadela, na verdade, era do filho de Paula, que foi para a Bahia, deixando a mãe como tutora. “Ela estava comigo há seis meses e iria completar dois anos em 29 de agosto. Nossa convivência era maravilhosa, pois era muito dócil. Se dava muito bem com minha sobrinha Vitória, de 11 anos, que hoje sente uma culpa porque não estava em casa nesse dia para impedir a fuga”, relata Paula, acrescentando: “Agora, queremos justiça para que não aconteça com outros bichos. Se fizeram isso com a Amora, podem fazer com uma criança perdida.”

PUBLICIDADE

 

 

 

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile